Produtores de Tupanciretã, na Região Central do Rio Grande do Sul, estão animados com a colheita da soja. Porém, em algumas propriedades rurais, a produtividade vem diminuindo por conta da ferrugem, que é causada por um fungo. O alerta é para o monitoramento da terra, como mostra a reportagem do Campo e Lavoura (veja o vídeo).
Os produtores locais devem colher 144 mil hectares de soja. Em um dos terrenos no município, a média de produtividade está entre 63 e 65 sacas por hectare. Número que poderia ser maior, não fosse o prejuízo causado pela ferrugem.
“Nós não temos dúvida que a ferrugem encolheu do Rio Grande do Sul oito sacas por hectare em toda área, e isso vai nos dar um prejuízo de praticamente de 2, 5 milhões de toneladas. Todos os fatores climáticos contribuíram para isso. Dezembro, janeiro e fevereiro foram de muita chuva”, explica o engenheiro agrônomo José Domingos.
Em uma área experimental de dois hectares no município, existe uma faixa que foi tratada com fungicidas. Em outro espaço, estão as plantas que não receberam nenhum tratamento. Basta olhar para perceber o estrago causado pela ferrugem.
Segundo o agrônomo José Domingos, essa pesquisa demonstra que uma boa orientação técnica pode resultar em 15 sacas a mais por hectare. José acredita que, de 16,5 milhões de toneladas que poderiam ser colhidas estado, cerca de dois milhões serão perdidas por causa da ferrugem
“Aquele produtor que teve boa orientação técnica e que se aliou ao bom monitoramento durante todos os dias, e fez observações, com certeza vai ter os melhores resultados”, pontua.
Mesmo assim, a Emater divulgou nesta semana que o estado vai colher a maior safra de grãos da história. Somente a colheita de verão está estimada em 28,97 milhões de toneladas, injetando na economia R$ 23, 5 bilhões.
“Nós estimávamos entre quatro mil, 4,2 mil quilos por hectare, mas devido à ferrugem essa produtividade vem diminuindo. O essencial é o monitoramento”, aponta a produtora rural Marisséia Raab.
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