O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, deixou o cargo no fim da tarde desta segunda-feira (30). A decisão foi tomada após a divulgação de conversas em que ele faz críticas à Operação Lava Jato e dá orientações para a defesa de investigados pelo desvio de recursos da Petrobras.
Silveira é o segundo ministro de Temer a deixar o cargo, no intervalo de uma semana. Na segunda-feira passada, o então titular do Planejamento, Romero Jucá,deixou a função após o vazamento de gravações em que tratava de um “pacto” para barrar a Lava Jato.
Conversas divulgadas
Feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em fevereiro, durante encontro na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), asgravações de Fabiano Silveira foram reveladas ontem no programa Fantástico, da TV Globo.
Funcionário de carreira do Senado, Silveira participou da reunião entre Machado e Renan quando ainda era integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cargo para o qual teria sido indicado pelo senador.
A conversa ocorreu antes de Silveira assumir o comando da pasta criada por Temer para substituir a extinta Controladoria-Geral da União (CGU), órgão que era responsável pela investigação e combate à corrupção no governo.
Por meio de nota, Silveira negou que tenha feito qualquer intervenção a favor de terceiros. Ele confirmou ter comparecido “de passagem” à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional.
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