Banrisul garante que não há inadimplência no financiamento da Arena

O diretor financeiro e de relações com investidores do Banrisul, Ricardo Hingel, garante que não há inadimplência no pagamento do financiamento da Arena do Grêmio pala OAS Arenas. A instituição, o Banco do Brasil e o Santander administram uma conta onde são depositados os recursos da arrecadação com shows e jogos e também os valores pagos pelo Grêmio pelos espaços ocupados por sócios. Conforme Hingel, o contratado estabelece que todo o dinheiro depositado nessa conta seja usado para pagamento da operação da Arena e para pagar o financiamento junto ao BNDES, já que os três bancos são os chamados repassadores, já que o financiamento foi feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Aí tu me pergunta: Tem dinheiro lá, mas não o suficiente para pagar o operação e as prestações. Como que se procede? Pelo entendimento do banco que está contratado é primeiro se paga a operação do estádio, depois se paga os bancos", explica o diretor.

Conforme Ricardo Hingel, existe uma fiança bancária que cobre a eventual inadimplência da OAS no pagamento dos três bancos. Ele afirma que a posição do banco foi passada ao Santander, que é o banco que comanda as liberações de recursos dessa conta centralizadora. Ricardo disse que o Santander também concorda em primeiro pagar a operação da Arena e depois quitar o financiamento com os bancos. Mas diz que não sabe a posição do Banco do Brasil.

"Agora tem um detalhe. Os três bancos têm que assinar esse cheque, mesmo que esteja contratado, dizendo que tendo dinheiro, pague primeiro a operação", afirma Hingel.

Ainda de acordo com Hingel, cada banco recebe 1/3 do valor depositado pela OAS Arenas, mas preferiu não falar em valores.

"Posso dizer que não tem inadimplência. A Arena está rigorosamente em dia. Se vai estar amanhã, daqui a um mês a seis meses, eu já não posso dizer", destaca Ricardo.

Ricardo Hingel também lembrou que a OAS Arenas não está em recuperação judicial. O Grupo OAS está entre as construtoras investigadas na operação Lava Jato. O Grupo possui empresas em recuperação judicial. Procurado, o Banco do Brasil afirma que não vai se manifestar por se tratar de "sigilo comercial". Em nota, "o Santander esclarece que está empenhado em encontrar uma solução que garanta a continuidade das operações da Arena do Grêmio".

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, afirma que foi comunicado que "eles (OAS Arenas) estariam inadimplentes a partir de março e abril".

"Que eles (OAS Arenas) iriam suspender os pagamentos a partir de março, abril", afirma Romildo. 

Romildo destaca, no entanto, que não recebeu a confirmação se isso efetivamente ocorreu.

"Se isso efetivamente ocorreu, eu não sei te dizer", destaca o presidente do Grêmio.

Em relação ao temor de que a operação da Arena possa ser suspensa, manifesta otimismo.

"É uma situação que eu acredito que não vai acontecer, mas vamos ficar em observação. Porque o Grêmio nada tem que ver com o assunto. O Grêmio é terceiro interessado por conta do jogo, né", destaca Romildo.

Em nota, a OAS Arenas afirma que espera acordo com bancos para garantir operação Arena do Grêmio. O BNDES não retornou.

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