Oito dos 10 projetos do pacote de ajuste fiscal enviados pelo governo do Rio Grande do Sul ao Legislativo foram aprovadas pelos deputados em sessão realizada na tarde desta quarta-feira (16),sem a presença de público nas galerias da Assembleia Legislativa. As outras duas propostas, que acabam com duas fundações estaduais, não foram votados por falta de quórum.A base governista não conseguiu aprovar apenas os dois projetos que extinguem a Fundação de Esporte e Lazer (Fundergs) e a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS). As duas fundações empregam pouco mais de 330 servidores.
Segundo o presidente da Assembleia, Edson Brum (PMDB), os dois projetos restantes do ajuste fiscal serão votados na sessão da próxima terça-feira (22), devido ao regime de urgência. "Trancam a pauta. Quando nós retomarmos os trabalhos, serão os primeiros projetos a serem apreciados", explicou o deputado ao G1.
Os governistas não conseguiram apoio dos oito deputados do PDT e de parte da bancada do PP para aprovar a extinção das fundações. Para evitar uma possível derrota, deputados da base se retiraram da sessão. Com apenas 17 deputados no plenário – já que as bancadas do PT e do PSol já haviam se retirado –, a sessão foi encerrada antes do previsto.
Público barrado
O público foi impedido de entrar nas galerias da Assembleia após o tumulto registrado na terça-feira (15), quando servidores públicos e sindicalistas bloquearam as entradas e impediram deputados e funcionários de ingressarem na Assembleia. Com isso, a sessão acabou cancelada.
Nesta quarta (15), a segurança foi reforçada. Antes do amanhecer, cerca de 30 policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) e a Cavalaria da Brigada Militar se posicionavam em frente à Assembleia. Gradis foram colocados antes da entrada da Casa, impedindo um novo bloqueio de manifestantes.
No início da tarde, o presidente da Assembleia atravessou a rua e foi conversar com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini. Foi uma reunião rapida. O deputado levou o pedido das entidades que representam os servidores, que nao queriam a votação de pelo menos três projetos.