É comum ouvir de jogadores e de treinadores da Seleção Brasileira que os adversários, especialmente alguns sul-americanos, mudam o jeito de atuar para enfrentar o Brasil, priorizando muito mais parar o andamento das partidas do que buscar os gols. O jogo contra a Colômbianesta quarta-feira (17), porém, tem todos os ingredientes para evitar tal queixa dos brasileiros.
O principal é a obrigação colombiana de conseguir uma vitória que reabilite o time da surpreendente derrota diante da Venezuela e evite o risco de eliminação na segunda rodada. Naquilo que se previa antes da Copa América, o confronto do Estádio Monumental, às 21h, deveria estar definindo antecipadamente o título do grupo C. Isto, no entanto, só vale para o Brasil – que com a vitória, pode até estudar uma melhor situação para as quartas-de-final.
Mesmo que o técnico Dunga sustente que não há diferença entre enfrentar uma Colômbia abalada pela derrota do último domingo, há uma expectativa de que o time do argentino José Pékerman busque mais o ataque e, consequentemente, não faça o bloqueio que motiva tantas dificuldades e reclamações brasileiras.
Sem definir oficialmente a escalação, o treinador brasileiro dá a entender que Phillippe Coutinho, recuperado de lesão, é a única alteração em relação ao time que estreou diante do Peru. Assim, Fred voltaria para o banco.
Na postura da equipe há uma exigência do técnico para que não haja tantos erros de passe. Esta é a principal correção pedida para um enfrentamento em que Dunga espera que haja também um combate à violência por parte do árbitro chileno Henrique Osses. O treinador, entretanto, evita relacionar a possibilidade de um jogo mais duro com o lance entre o colombiano Zuñiga e Neymar na última Copa do Mundo em que o atacante fraturou uma vértebra.
"Aquilo foi um lance de jogo", analisa o comandante do Brasil, lembrando que os jogadores já se reencontraram no amistoso entre as duas seleções no ano passado nos Estados Unidos. Aquele, aliás, foi o primeiro jogo da nova "era Dunga" que hoje já tem 11 atuações, todas com vitórias.
De parte dos chilenos, donos da casa e apenas espectadores desta partida, o duelo que interessa tem Neymar, mas não tem Zuñiga. O oponente do brasileiro é James Rodriguez, e por aí se fazem todas as chamadas da partida – que também tem no colombiano Falcão Garcia uma grande atração, maior até que todos os demais brasileiros.
Com uma temperatura prevista de 6°C e sem chuva, sob o efeito de uma poluição que alarma os chilenos, e com um Estádio Monumental que deverá receber mais de 30 mil pessoas, as disputas pessoais serão resolvidas e o Brasil poderá ter a chance de achar um espaço diante de um adversário cheio de necessidade de reabilitação.
Brasil: Jéferson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Fernandinho, Elias, Phillippe Coutinho (Fred) e Willian; Diego Tardelli e Neymar.
Colômbia: Ospina; Zuñiga, Zapata, Murillo e Armero; Sanchez, Valência, Cuadrado e James Rodriguez; Falcao Garcia e Bacca.
Arbitragem: Henrique Osses (Chile).
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