Cai quantidade de cédulas falsas retidas no RS

Apesar dos avanços tecnológicos que aperfeiçoam as falsificações de documentos e do conhecimento das pessoas em relação ao repasse de notas de dinheiro falsas, a quantidade de cédulas retidas está em queda no Rio Grande do Sul. Conforme estatística do Banco Central, enquanto a média anual do Estado é 30 mil notas falsas apreendidas, até o final de julho foram retidas 11,2 mil. Se mantida a tendência, o número de cédulas em 2015 não chegará a 20 mil. O valor convertido chega a ultrapassar os R$ 750 mil.



Diferentemente das estatísticas dos últimos cinco anos, a primeira família da nota de R$ 100 tomou a dianteira, com o maior número de apreensões deste ano no Estado até o momento. No ano passado, a nota, com a primeira família da cédula de R$ 50, foi a líder de retenção no Rio Grande do Sul, obtendo números semelhantes. Anteriormente, entre 2010 e 2013, essa mesma cédula de R$ 50 era campeã, segundo o Banco Central. Com a atual média, o recorde de apreensão da primeira família da nota de R$ 100 no Estado poderá ser batido ao final do ano. Em 2013, foram pouco mais de 7 mil cédulas retidas, ante 4 mil neste ano. 



Outra mudança ocorre na posição do Rio Grande do Sul no ranking de estados com o maior número de retenções de dinheiro falso. Entre 2010 e 2014, ocupava o quinto lugar. Neste ano, o RS está na sexta colocação. Desde 2012, os três primeiros lugares da lista pertencem aos mesmos estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente.

Segundo a Justiça Federal do RS, atualmente, há 595 processos no Estado envolvendo falsificação de dinheiro. As ações se referem à apreensão de pessoas com notas falsas ou objetos utilizados nesse tipo de atividade. A maioria se encontra na jurisdição de Porto Alegre.



Conforme o Banco Central, o dinheiro suspeito deve ser apresentado a agências bancárias. Elas são responsáveis pelo encaminhamento da cédula para posterior análise do órgão. 



No Banco Central, um exame técnico é realizado para confirmar a autenticidade da nota ou não. Caso a nota seja falsa, a informação é enviada para um banco de dados que subsidia a atuação do Departamento da Polícia Federal, órgão competente para o combate à falsificação de dinheiro.



Métodos das lojas não são confiáveis



Para identificar as cédulas falsas, os estabelecimentos comerciais utilizam normalmente uma caneta especial ou luz ultravioleta. Porém, segundo o perito em documentos Oto Rodrigues, as duas alternativas não são totalmente confiáveis. 



No caso da caneta artifício mais usado pelas lojas, ela identifica a presença de amido no papel (presente na maioria das falsificações). Quando a nota falsa é riscada, ela escurece. Já o papel de uma cédula verdadeira não possui amido. Todavia, há falsificações realizadas com o mesmo papel-moeda do real. “Há três tipos de falsificações, com qualidades diferentes. As mais sofisticadas usam o papel da nota verdadeira e simulam os elementos de segurança percebidos pela luz ultravioleta”, afirma o perito.



Para verificar a legitimidade das cédulas, alguns elementos de segurança podem ser identificados. A principal verificação deve ser dos dispositivos oticamente variáveis (DOV). Porém, em qualquer nota, há um meio prático de identificação da autenticidade. Colocando um papel de bobina em cima da marca d’água da cédula e esfregando uma moeda (ela deve estar deitada) sob o papel, a marca será revelada. A imagem aparece somente em cédulas verdadeiras.

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