Câmara deve concluir nesta quarta primeiro turno da reforma política

Fidelidade partidária

A mesma emenda aprovada pelos deputados nesta terça também inclui na Constituição as regras de fidelidade partidária atualmente previstas em uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



Pelo texto, o detentor de mandato eletivo que se desligar do partido perderá o mandato, salvo nos casos de grave discriminação pessoal, mudança substancial ou desvio reiterado do programa praticado pela legenda ou quando houver “criação, fusão ou incorporação de partido”.



Projeto popular

A emenda modifica ainda a regra para apresentação de projeto de iniciativa popular – fixa a exigência de que o texto seja assinado por 500 mil eleitores, distribuídos por cinco unidades da federação, com não menos que “0,3% de eleitores de cada uma delas”. Atualmente é necessária a assinatura de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos por cinco estados.



Policiais e bombeiros

O plenário também aprovou emenda que permite que bombeiro e policiais militares escolhidos para cargos eletivos retornem às atividades após o mandato. Atualmente, eles precisam se desvincular temporariamente ao concorrer às eleições. Se eleitos, vão automaticamente para a reserva. Só retornam às atividades os policiais e bombeiros que não forem eleitos.

Pela emenda aprovada pelos deputados, esses profissionais continuarão “agregados” à corporação ainda que assumam mandato, podendo retornar às atividades posteriormente.



Reforma política

Os quatro tópicos aprovados pelos deputados nesta terça integram a proposta de emenda Constitucional da reforma política que começou a ser debatida em plenário no final de maio. Até agora foram aprovadas dez modificações:

– fidelidade partidária

– novas regras para projeto popular

– possibilidade de policiais e bombeiros voltarem à ativa após mandato

– emissão de recibo em papel nas urnas

– fim da reeleição;

– mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos;

– redução da idade mínima para candidatos a senador, deputado e governador;

– restrições de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário;

– alteração na data da posse de presidente e governador;

– permissão de doações de empresas a partidos (veja mais detalhes abaixo).



Além dos itens aprovados, os parlamentares também rejeitaram algumas mudanças estruturais no modelo político brasileiro:

– instituir o voto facultativo nas eleições do país;

– alterar o atual sistema proporcional com lista aberta para escolha de deputados;

– proposta de eleições simultâneas para todos os cargos eletivos;

– proposta que previa o fim das coligações entre partidos nas eleições para a Câmara;

-cota para as mulheres no legislativo;

-perda de mandato a parlamentar que assume cargo no Executivo;

-criação do cargo de “senador vitalício” para ex-presidentes da República;

-voto em trânsito para todos os cargos eletivos;

-formação de federações partidárias.

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