Pelo menos dois dos quatro réus do processo que trata da morte do menino Bernardo Boldrini não responderão a perguntas durante interrogatório marcado para esta quarta-feira (29). Os advogados de Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz chegaram a pedir à Justiça para que as duas não precisassem comparecer à sala de audiências com o argumento de que exerceriam o direito de manter o silêncio. Os pedidos, no entanto, foram negados pelo juiz Marcos Luís Agostini e, no caso de Edelvânia, também pelo Tribunal de Justiça.
O advogado de Graciele afirma na petição entregue ao juiz que nem ele vai comparecer, porque não tem perguntas a fazer a nenhum dos réus. O juiz, em sua decisão, adianta que se isso ocorrer vai nomear um defensor público ou dativo para a ré.
O advogado de Leandro Boldrini não foi encontrado pela Rádio Gaúcha, mas o pai do menino Bernardo deve também permanecer em silêncio. O único que vai responder a todas as perguntas é Evandro Wirganovicz. Ele é acusado de ajudar a cavar a cova onde o corpo do menino foi enterrado no interior de Frederico Westphalen.
“Meu cliente vai falar tudo o que sabe. Ele não tem nada a esconder”, sustenta o advogado.
A audiência poderá ser acompanhada pelo público enquanto tiver cadeiras na sala. Os jornalistas poderão fazer imagens nos primeiros 15 minutos e depois também poderão acompanhar os depoimentos, mas sem gravações.
Uma vigília começa em instantes em frente ao Foro. Lembrancinhas com a foto de Bernardo e pequenos terços serão distribuídos. Os amigos do menino Bernardo pretendem receber os réus com protesto, e a segurança estará reforçada.
GAÚCHA