Chuvas impactam na produção de leite no Estado

A Emater, os sindicatos dos trabalhadores rurais e as prefeituras concluem até o final desta semana levantamento do impacto do grande volume de chuva na produção de leite do Estado. Estimativa preliminar do Conseleite indica que, nos últimos 30 dias, houve redução de 8% a 10% na captação de leite. Considerando a média estadual de 12 milhões de litro/dia, os produtores gaúchos deixaram de produzir pelo menos 960 mil litros de leite. 



“As condições climáticas têm inviabilizado a aplicação de fertilizantes nas pastagens, prejudicando o desenvolvimento”, disse o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues. O pastoreio também ficou comprometido, ocasionando estresse nos animais que têm hábito de ir para o campo. A saída é a suplementação alimentar com silagem e ração, fato que acarreta na alta dos custos em uma época que a pastagem em abundância ajuda a diminuir as despesas. 



Em algumas propriedades, relata o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, a água chegou a levar o solo e as pastagens. É o caso de produtores dos vales do Taquari e do Caí, que registraram perdas consideráveis. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destaca que o grande volume de chuva retarda o início da safra. Após a entressafra, em março e abril, o mês de julho seria de retomada da produção até atingir o pico, em setembro e outubro. Segundo Guerra, a indústria já percebe o menor volume de leite ofertado. A tendência é de alta do preço pago ao produtor, mas o reflexo deve ser percebido só em agosto. Até o dia 10 deste mês, foi registrada estabilidade no preço de referência. A projeção para julho ficou em R$ 0,8602 retração de 0,3% em relação ao mês anterior. Em junho, o preço de referência foi de R$ 0,8628.

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