Grupo foi o que mais impulsionou inflação medida pelo IPCA
Problemas climáticos e a taxa de câmbio foram os principais fatores que levaram à alta dos alimentos e sua conseqüente pressão sobre a inflação no mês de maio. A avaliação foi feira pela coordenadora dos índices de preços ao consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes.
Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial do governo, registrou avanço de 0,74%. No acumulado do ano, o índice de preços avançou 5,34%, e nos 12 meses terminados em maio, a elevação foi de 8,47%. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,37% no mês passado, com impacto de 0,34% no índice geral, o maior entre os grupos de produtos analisados pelo instituto.
A cebola registrou a maior alta mensal, de 35,59%. Neste ano, o preço aumentou 100,45% e em 12 meses, 87,93%. O tomate subiu 21,38% em maio, 80,42% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano e 22,51% em 12 meses. “Esses itens tem sofrido um pouco com o clima, tendo em vista a chuva, que cria umidade nos frutos e isso faz com que o tratamento fique mais caro para os agricultores”, Eulina Nunes, coordenadora de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE.
Eulina destacou também a elevação do preço do pão francês, que foi de 1,6% em maio, 5,72% nos primeiros cinco meses do ano 8,02% no período de 12 meses encerrado no mês passado. Já as carnes industrializadas tiveram aumento de 0,86% em maio, 3,24% nos primeiros cinco meses do ano e de 6,93% em 12 meses.
“O dólar influenciou bastante. O pãozinho, o pão francês, tão consumido entre os brasileiros, tem tido seus preços pressionados pelos custos do trigo, que é importado, são cotados em dólar. O dólar tem pressionado também os custos da carne, tendo em vista a exportação”, disse.
Entre os alimentos que tiveram baixa no mês de maio, o destaque é a mandioca, com desvalorização de 5,09%. No entanto, o produto ainda acumula alta de 1,07% de janeiro a maio e de 7,08% em 12 meses. O feijão carioca teve baixa de 4,17% no mês passado, mas acumula elevação de 22,89% nos primeiros cinco meses do ano e de 10,13% em 12 meses.
Fonte: Revista Globo Rural
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