No município de Três de Maio, na última sexta-feira (1º), o governador José Ivo Sartori e o secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, deram início à campanha de vacinação contra a febre aftosa, que segue até o próximo dia 31 em todo o Rio Grande do Sul. Os produtores com até 30 cabeças de gado recebem gratuitamente as doses a serem aplicadas nos animais. O orçamento previsto para aquisição do medicamento, de R$ 8 milhões, está sendo mantido pelo governo.
"É o Estado cumprindo seu papel de garantir a sanidade do rebanho gaúcho, uma vez que cerca de 80% dos pecuaristas estão sendo atendidos pela campanha", afirmou o chefe do Executivo. O ato ocorreu na propriedade de Neri Schroer, na localidade de Lajeado Cachoeirinha, próxima à BR-472, na Região Noroeste.
Atualmente o Rio Grande do Sul é considerado "zona livre de aftosa com vacinação" – desde 2002 não há circulação viral, e último foco foi em Joia. O RS é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a doença, beneficiando os pecuaristas familiares enquadrados no Pronaf e no PecFam – o que representa 78% dos produtores. Cerca de 14 milhões de animais deverão receber a imunização. "Com o cumprimento dos recursos orçamentários, sem cortes, vamos atender à ampla maioria dos proprietários de bovinos do RS", ressaltou Ernani Polo.
O secretário destacou que a imunização é uma importante ferramenta contra a aftosa e também para aumentar a comercialização da carne bovina gaúcha. "O produtor deve estar atento às medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços e avançar em nosso status sanitário", alertou Polo.
A mudança no status sanitário – para o de "zona livre sem vacinação" – representa a abertura de novos mercados, como o da Rússia, além de ter reflexos em outras cadeias, como as de aves e suínos, e no setor leiteiro. Esses segmentos deixam de exportar para mercados mais exigentes, a exemplo do Japão, devido à necessidade de imunizar o rebanho.
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