Senadores aprovaram na sessão da comissão do impeachment da tarde desta segunda-feira (6) o cronograma original dos trabalhos da fase de pronúncia. A votação ocorreu após o presidente Raimundo Lira (PMDB-PB) voltar atrás quanto à antecipação dos prazos, alegando uma “reflexão filosófica”.
O plano aprovado foi apresentado há duas semanas pelo relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) e prevê a votação do parecer de pronúncia da comissão, no plenário do Senado, entre os dias 1º e 2 de agosto. Esta etapa tem como foco as provas, tanto da defesa como da acusação, e com depoimentos de testemunhas vai decidir se a presidente Dilma Rousseff cometeu ou não crime de responsabilidade.
Ao abrir a sessão, Lira disse que não se sentia confortável com a decisão monocrática da reunião anterior, que antecipou em 20 dias os prazos para considerações finais. Ele argumentou que fez uma "reflexão filosófica" no fim de semana e que a decisão foi pessoal.
O próximo passo da comissão é ouvir testemunhas apontadas pelas duas partes. Se a pronúncia for aprovada no plenário da Casa, inicia-se a fase de julgamento, também presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que vai decidir sobre a cassação do mandato da presidente afastada.
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