Consumo de água no Presídio Central custa R$ 1,1 milhão por mês

O Estado tem uma dívida de R$ 111.102.049,73 junto ao Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) referente ao consumo no Presídio Central de Porto Alegre. A reportagem da Rádio Gaúcha obteve os valores junto ao Portal Transparência da Prefeitura. Algumas das dívidas são de 2008. Parte do valor é discutida judicialmente. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) reconhece a dívida com o Dmae. Em nota enviada à Rádio Gaúcha, a Susepe afirma que o valor mensal gira em torno de R$ 1,1 milhão.

 
 
 

 
 

 

"O alto custo deve-se em conta o número de presos, servidores e visitantes, que usufruem das dependências do estabelecimento prisional, com uma área de 30 mil m² construída, a Cadeia Pública tem um fluxo mensal de 51 mil pessoas, onde a maioria utiliza água no mínimo uma vez ao dia", destaca a nota.

A Susepe ainda admite que a estrutura antiga do prédio e vazamentos contribuem para o alto consumo/desperdício.

"A Susepe está em tratativas para a reavaliação dos gastos da Cadeia Pública de Porto Alegre e adequação da tarifa, visando à redução dos custos. O Departamento de Engenharia planeja uma reestruturação física nos prédios existentes que resultaria numa redução considerável do consumo de água", afirma a Susepe.

Mesmo com a superlotação da casa prisional, que no último levantamento tinha 4.670 presos, se cada apenado tivesse direito à tarifa social, por exemplo, com consumo de 10 m³ de água e esgoto, o custo mensal cairia dos atuais R$ 1,1 milhão para R$ 109.278,00, cerca de 10% do valor pago atualmente.

A reportagem aguarda retorno do Dmae.

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