Conta de luz fica mais cara a partir de janeiro

O consumidor brasileiro já vai começar 2015 pagando mais caro pela conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou ontem que as bandeiras tarifárias para janeiro serão vermelhas em todas as regiões do país, com exceção dos estados do Amazonas, Amapá e Roraima, cujas redes não são interligadas ao sistema nacional, indicando que o custo da energia está em seu patamar mais alto. Com isso, cada conta de luz terá um adicional de R$ 3 por cada 100 quilowatts-hora consumidos, e as empresas devem arrecadar até R$ 800 milhões a mais já no próximo mês.
 
O consumo médio do brasileiro é de 163 kWh por residência, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e a tarifa média do consumidor residencial, de acordo com a Aneel, é de R$ 400 por MWh. Assim, uma conta de R$ 65,20 subiria para R$ 70,09 no caso da bandeira vermelha. A bandeira vermelha já era esperada pelo setor para o começo do ano, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas ainda estão longe do ideal e o sistema continua dependente da energia térmica, bem mais cara. 
 
O modelo de bandeiras tarifárias vigorou ao longo de 2014 apenas de forma educativa, sem significar de fato repasse de custo aos consumidores. Afora a bandeira amarela para a região Sul em julho deste ano, todas as “bandeiradas” no Brasil foram vermelhas desde fevereiro de 2014, significando que o custo da eletricidade permaneceu em seu patamar mais elevado durante todo o ano. 
 
A partir de 2015, no caso da bandeira amarela, a taxa extra será de R$ 1,50 a cada 100/kwh. Na vermelha, esse adicional dobra para R$ 3 por 100/kWh. Na verde não há qualquer alteração. O atual buraco financeiro das companhias ocorre porque o alto custo da energia precisa ser pago por elas todos os meses, mas essa despesa só é repassada para as contas de luz no momento do reajuste tarifário anual de cada distribuidora. Até este ano as empresas eram obrigadas a absorver essa diferença. Com a entrada em vigor das bandeiras, esse descasamento deixará de existir.
 
Bandeiras
 
• Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo.
• Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
• Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 3 para cada 100 kWh consumidos.
 
Fonte: Correio do Povo
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