Custo por quilômetro do Dnit gaúcho é quase 5 vezes mais barato que no Daer

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) controla pouco menos da metade dos quilômetros das rodovias estaduais do Rio Grande do Sul e as administra com 10% dos funcionários e 10% dos gastos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A missão de ambos deveria ser a mesma: supervisionar as obras nas rodovias.

Porém, o Daer ainda mantém uma estrutura pesada, com maquinário obsoleto e defeituoso; e tem quase mil imóveis sob sua administração. Já o Dnit tem uma sede em Porto Alegre e oito unidades regionais, além de já ter abandonado a ideia de que também executa obras.

O custo por quilômetro é de R$ 335,67 nas rodovias federais da autarquia federal contraR$ 1.553.71 nas estradas supervisionadas pelo órgão estadual. O Dnit é responsável pela manutenção em 5.306 quilômetros de rodovias em solo gaúcho. O Daer, por sua vez, controla 11.110 quilômetros. O departamento federal tem 127 funcionários e tem um custo de R$ 1,78 milhão (1.781.039,27). Já a esfera estadual tem 1253 servidores e gasto mensal de R$ 17,26 milhões (17.261.768,70).

Os dados do Dnit foram divulgados pela superintendência regional do Rio Grande do Sul. Já as informações estaduais foram coletadas por uma consultoria externa e revisadas pelo departamento de contabilidade e finanças, que coordena um plano de reestruturação da autarquia.

O diretor-geral do Daer, porém, contesta os números da própria autarquia e defende que o departamento tem poucos servidores. Segundo Rogério Uberti, os 1.253 funcionários não são suficientes para dar conta do trabalho que precisa ser executado nas rodovias estaduais.

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