Delegados da PF não terão mais dedicação exclusiva à Lava-Jato em Curitiba

A Polícia Federal (PF) confirmou em nota oficial, nesta quinta-feira (6), que o grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba não terá mais dedicação exclusiva à operação. A informação havia sido revelada no início da tarde pelo site da revista Época.

Os agentes e delegados que atuavam em conjunto com os procuradores da República passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). Nos bastidores, a decisão é atribuída ao diretor da PF, Leandro Daiello.

Segundo a reportagem, o fim do grupo de trabalho foi comunicado informalmente aos quatro delegados que ainda restavam na Lava-Jato. Segundo a nota oficial da PF, os investigadores das operações Lava-Jato e Carne Fraca irão atuar em conjunto, priorizando "investigações de maior potencial de dano ao erário". A PF diz ainda que o novo contingente terá o reforço de policiais do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da própria Lava-Jato.

No auge das apurações, a Lava-Jato chegou a contar com nove delegados.. Em maio, esse efetivo foi reduzido em um terço, para seis delegados. Os quatro restantes agora trabalham com menos verbas e um contingente também menor de agentes, escrivães e peritos. Com o fim da dedicação exclusiva, policiais e procuradores temem pelo futuro das investigações e falam em "asfixia" produzida pelo governo. Eles afirmam que já não há garantias de que novas fases possam ser deflagradas, com prisões, conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão. 

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