O deputado estadual Diógenes Basegio (PDT), alvo de um processo de cassação pela acusação de manter funcionária fantasma em seu gabinete, anunciou há pouco, em entrevista à Rádio Guaíba, a renúncia ao mandato.
Basegio seria julgado por seus pares na sessão de terça-feira, mas decidiu se antecipar e abrir mão do mandato. Ele leu a carta de renúncia durante a entrevista e chegou a chorar, se dizendo injustiçado com a suposta perseguição da mídia. O pedetista também criticou o jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, autor da matéria que veiculou as primeiras denúncias contra Basegio, e os deputados da Comissão de Ética da Assembleia.
Em junho, a RBS TV mostrou suspeitas de que Basegio contratou uma funcionária "apenas no papel" e de que exigia parte dos salários dos servidores do seu gabinete. O pedetista admitiu que empregava a dona de casa Hedi Vieira porque o marido dela trabalhava em seu gabinete, mas não podia ser contratado formalmente por ter uma doença terminal. A partir disso, e da denúncia de que teria se omitido sobre irregularidades praticadas pelo ex-chefe de gabinete, a Assembleia deu início ao processo de cassação do seu mandato.
O deputado também é suspeito de exigir parte dos salários dos servidores de seu gabinete. Essa denúncia faz parte de outro processo contra ele, em tramitação na Comissão de Ética.
Com a renúncia de Basegio, assume uma cadeira o atual presidente da Corag, Vinicius Ribeiro, segundo suplente da bancada. A primeira é Juliana Brizola que, agora, passa a ser titular.