Deputados do PP-RS teriam mesada em esquema de corrupção

No documento enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que embasou o pedido de investigação dos cinco deputados federais do Partido Progressista gaúcho e de um ex-deputado do partido, está o depoimento do doleiro e operador financeiro Alberto Youssef. O depoimento do doleiro garante que a alta cúpula do PP no país recebia propina que ficava entre R$ 250 mil a R$ 300 mil mensais.

Deputados do PP, cuja posição era de menor relevância dentro da legenda, segundo o doleiro, recebiam entre R$ 30 mil a R$ 150 mil por mês. Youssef declarou que à bancada do partido nacionalmente era entregue uma média de R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por mês, que seria dividida pelo líder do Partido Progressista, mas que nem todos da sigla recebiam. O doleiro, no depoimento, acrescentou que entre os deputados que tinha certeza que recebiam, estavam os deputados federais gaúchos do PP Jerônimo Goergen, Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luís Carlos Heinze, Renato Molling e o ex-deputado da sigla Vilson Covatti.

 

Fonte: Correio do Povo

Segundo Janot, o pagamento de propina a agentes políticos responsáveis pela indicação de integrantes de três diretorias da Petrobras obedeceu a um esquema envolvendo a relação entre um núcleo administrativo, financeiro e econômico dentro da Petrobras. Segundo os depoimentos, os agentes políticos responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria.

Outra parte era destinada a integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para Diretoria de Seviços. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a ser contratada, após o acordo entre as empresas no âmbito do cartel. De 2004 a 2011, eram os integrantes do PP quem davam sustentação à indicação de Paulo Roberto, e, a partir de meados de 2011, os integrantes do PMDB responsáveis pela indicação do diretor da área internacional da estatal passaram a apoiar o nome de Paulo Roberto para o cargo de diretor. Daí porque também passaram a receber uma fatia da propina, diz a PGR.

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