Dilma defende volta da CPMF e diz que Levy continua na Fazenda

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (18) que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanecerá no governo. A declaração foi concedida em meio a rumores publicados na imprensa nos últimos dias de que o ministro deixaria o cargo. 

"O ministro Levy fica. Nem se tocou nesse assunto”, disse em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia.

"Se ele [Levy] fica, é porque concordamos com a política econômica dele. Não tinha nenhuma insatisfação dele. Eu não sei como é que saem essas informações, elas são muito danosas”, destacou Dilma Rousseff.

A presidente também defendeu o retorno da CPMF como medida para enfrentar a crise nas finanças.

“A CPMF é crucial para o país. Não estamos aumentando impostos porque queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos”, avaliou.

Dilma avaliou ainda que “sem a CPMF é muito difícil” que o país alcance o reequilíbrio fiscal e volte a crescer. “É um grau de dificuldade máximo. Nós precisamos estabilizar as contas públicas para que o país volte a crescer, para que se perceba que o Brasil tem uma solidez fiscal”, justificou.

Sobre Eduardo Cunha

Sobre as denúncias de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), matinha contas não declaradas na Suíça, pelas quais ele teria recebido propina, Dilma se limitou a dizer: "Eu lamento que seja um brasileiro"

Durante a mesma entrevista, a primeira concedida na Suécia, primeira etapa de uma viagem pelo norte da Europa que envolve ainda a Finlândia, Dilma Rousseff negou acusações de que teria feito qualquer tipo de acordo político com o presidente da Câmara para livrá-lo de uma cassação de mandato em troca de ele não avançar com a abertura de um processo de impeachment contra ela.

"Acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição, e é público e notório. Acho estranho atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja para passar no Congresso a CPMF, a DRU, as MPs”, afirmou.

Quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a interpretação do presidente da Câmara sobre o rito processual de um eventual processo de impeachment disse que “não tinha como se manifestar sobre qualquer questão que ocorre no Legislativo, nem tampouco no Judiciário. 

A presidente está na Suécia, onde terá compromissos oficiais com representantes do governo e empresários para ampliar cooperação comercial e educacional. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, mais de 200 empresas suecas atuam no Brasil, empregando cerca de 70 mil pessoas. 

 

*COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

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