A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30) que ficou “surpresa” e “perplexa” com a prisão do senador do PT e líder do governo, Delcídio do Amaral, no último dia 25, por suspeita de estar obstruindo investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Dilma afirmou ainda que não teme uma eventual delação premiada do senador.
As afirmações foram feitas em entrevista à imprensa, depois de participar da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), em Paris.
“Obviamente que fiquei bastante surpresa com a prisão do senador Delcídio. Não tenho nenhum temor sobre a delação do senador Delcídio. Até falei ali, para vocês, que fiquei perplexa porque jamais esperei que isso pudesse acontecer com o senador”, disse Dilma, ao ser questionada por jornalistas sobre como recebeu a notícia da prisão do líder do governo, e se teria preocupação com uma eventual delação premiada feita por ele.
A prisão de Delcídio foi autorizada pelo relator do processo da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki. Também foi preso o banqueiroAndré Esteves, dono do banco BTG Pactual.
A presidenta Dilma também negou que tenha indicado Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. “Não indiquei Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. Acredito que o senador Delcidio se equivoca. Não é da minha indicação, nem da minha relação. Isso é público e notório. Ele não foi antes, durante, nem depois, da minha relação”, afirmou.
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