O PIB do Rio Grande do Sul acumula queda de 3,7% no primeiro semestre de 2016. O dado foi divulgado nesta terça-feira pela Fundação de Economia e Estatística.
É um recuo mais intenso do que o registrado no mesmo período do ano passado. Naquele período, foi de 0,8%.
Mas, se considerar o segundo semestre do ano passado, o recuo foi menor. A queda tinha sido de 6,2%.
A FEE lembra que o efeito positivo da agropecuária concentra-se no primeiro semestre. Até por isso, o PIB brasileiro caiu 4,6% no período em que a economia gaúcha encolheu 3,7%.
2º trimestre / 1º semestre 2016
Solicitamos à Fundação de Economia e Estatística o desempenho do PIB do segundo trimestre em comparação ao primeiro. No País, a queda foi de 0,6%, conforme a divulgação do IBGE.
2º trimestre 2016 / 2º trimestre 2015
A FEE sempre prefere esta comparação, argumentando que o ajuste sazonal não tira bem o efeito da agropecuária sobre o PIB. Nesta relação, a economia gaúcha teve recuo de 3,1%. Foi o segundo trimestre com uma retração menor do que o anterior.
Todas as atividades econômicas tiveram retração menor. O desempenho da agropecuária foi negativo: -0,8%, mas menor do que o período anterior. A safra de soja se concentrou no período. Mas arroz e milho foram influências ruins.
A indústria caiu 2,5%. Destaque positivo para a construção, que teve crescimento de 1%. É tímido, mas o primeiro avanço após oito trimestres de redução.
– É um setor com peso significativo tanto na geração de emprego quanto na estrutura econômica do Estado. – explica Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE.
No setor de serviços, o comércio reduziu a queda para -6,8%. O setor de transporte até cresceu, +1,4%.
Tendência?
Segundo o diretor Martinho Lazzari, as perspectivas para o curto prazo dependem das exportações e da construção.
– No médio prazo, dependerá de uma melhora geral no quadro da economia brasileira. E também do clima que pode afetar a agropecuária na próxima safra de verão.
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