Em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró acusou a presidente afastada, Dilma Rousseff, de ter mentido sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Cerveró diz também “supor” que Dilma sabia que políticos do PT recebiam propina da estatal.
O conteúdo do depoimento foi tornado público, nesta quinta-feira (2), pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cerveró está preso desde janeiro de 2015 e foi condenado a cinco anos de prisão na Operação Lava Jato.
À época da compra da refinaria, Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. De acordo com Cerveró, “não corresponde à realidade” a afirmação da presidente afastada de que ela não tinha informações completas quando aprovou a aquisição.
Segundo a Folha, Cerveró declarou que Dilma acompanhava “de perto” os assuntos referentes à Petrobras e “conhecia com detalhes os negócios” da empresa.
"Que o declarante supõe que Dilma Rousseff sabia que políticos do Partido dos Trabalhadores recebiam propina oriunda da Petrobras, que, no entanto, o declarante nunca tratou diretamente com Dilma, sobre o repasse de propina, seja para ela, seja para políticos, seja para o PT", diz a delação publicada pelo jornal.
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