Além de ações realizadas nos últimos meses, como o atraso do pagamento da dívida com a União, o salário do funcionalismo será pago em dia no mês de julho a partir da solidariedade de outras instituições públicas. A previsão é de que R$ 32 milhões deixem de ser repassados para Ministério Público (MP)e Assembleia Legislativa (AL) no primeiro dia do próximo mês. O valor não resolve o problema financeiro do Estado, mas garante pequena folga no Caixa Único, de onde saem os recursos para todos os débitos do Executivo.
O dinheiro não repassado em 1º de julho para MP e AL será encaminhado no dia 10. O Legislativo é quem entrará com o maior montante. Ao todo, o poder vai disponibilizar R$ 24 milhões ao Piratini, o que pode levar ao atraso de pagamento de fornecedores.
“A gente vai segurando fornecedor, segurando pagamentos de custeio que a gente tem aqui até o dia 10. Aí dá tempo do Estado, conforme vai entrando, devolver”, relata o presidente da AL, deputado Edson Brum (PMDB).
No mês passado, a Assembleia emprestou R$ 12 milhões ao Piratini, o que não gerou nenhum prejuízo aos compromissos da Casa. Representantes do Ministério Públiconão quiseram comentar o assunto, mas disseram que há a articulação com o Executivo para amenizar os efeitos da crise financeira.
O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, confirmou os valores. De acordo com ele, os recursos disponíveis através dos empréstimos poderão ser utilizados, dentro do possível, para complementar repasses a hospitais. Ainda assim, a ação vai depender dos valores que sobrarem após o pagamento da folha do Executivo, que ocorrerá até o dia 30.
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