O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou nesta segunda-feira (6) a abertura de um segundo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Também serão investigados o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), à época secretário geral do PSDB, e o ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG), vice de Aécio no governo de Minas.
Segundo informações do portal G1, Aécio – que atualmente é presidente nacional do PSDB – será investigado sobre uma suposta manobra para tirar informações da CPI dos Correios. O parlamentar é acusado de ter atuado para fraudar dados do Banco Rural para esconder o chamado “mensalão mineiro”.
Assim como no primeiro inquérito, que apura o suposto envolvimento do parlamentar no esquema de corrupção em Furnas, o pedido de investigação é baseado na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral – que, à época, era presidente da CPI dos Correios.
O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), também citado por Delcídio, ficou de fora da investigação. O ministro Gilmar Mendes entendeu que não havia elementos suficientes contra ele.
Contrapontos
Por meio de nota, o senador Aécio Neves afirmou que "jamais interferiu ou influenciou nos trabalhos de qualquer CPI". O tucano declara ainda ter convicção de que os esclarecimentos a serem prestados vão mostrar "o absurdo de mais essa citação feita ao seu nome pelo ex-senador Delcídio".
Também em nota, a assessoria de Eduardo Paes afirmou que o prefeito do Rio está à disposição "para prestar esclarecimentos sobre o episódio relatado por Delcídio". Segundo o prefeito, em nenhum momento Aécio solicitou qualquer tipo de benefício nas investigações da CPI dos Correios.
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