O golpe do sequestro por telefone já é um velho conhecido da população. Volta e meia ele some, mas depois de um tempo, quando todo mundo se esquece que ele existe, o golpe volta a atormentar novamente.
Em um momento de distração, o telefone toca, a pessoa atende e do outro lado uma voz grita e implora por socorro fazendo pedidos de “Por favor, não deixe eles me matarem” e um forte choro ecoa, deixando a mãe ou pai desesperados. No calor na emoção, a pessoa começa a fornecer informações do tipo: “Não mate o meu filho fulano de tal”, e diz o nome do filho. A pessoa que finge ser o sequestrador pede dinheiro e faz ameaças, enquanto a vítima se desespera cada vez mais e acaba passando novas informações, como endereço da residência e cidade onde mora.
Depois de alguns minutos de tortura psicológica, a vítima procede até algum banco e acaba depositando a quantia solicitada para que o filho (a) não seja morto. Muitas das vezes, os pais tentam entrar em contato com os filhos e o celular dá caixa postal ou fora de área, com isso, o pânico se torna maior e os bandidos encontram facilidades de dar continuidade ao golpe do falso sequestro.
“A pessoa não deve passar nenhum tipo de dado, sempre tem que desconfiar, pensar que é golpe e tentar levar a conversa a um ponto que se descubra que é uma mentira ou, se não conseguir fazer isso, desligar o celular e tentar entrar em contato com o suposto sequestrado de várias formas e proceder até a delegacia”, explicou a inspetora da DP, Graziela Benetti.
Nesta semana, esses casos têm sido constantes em Catuípe e região. Hoje dia 14 de abril, uma mulher recebeu uma dessas ligações dizendo que a filha havia sido sequestrada. Depois do pânico verificou que a filha estava na escolinha.
Além desse caso, são inúmeros os relatos de pessoas de cidades vizinhas que não registram esse tipo de crime e não acionam a polícia. “A vítima pode efetuar o registro mesmo não tendo pago nenhuma quantia e nem comprado nada para o bandido. Rastrear a ligação é bem difícil, esses telefonemas vêm de longe e as pessoas que se passam por sequestradores utilizam telefones pré-pagos ou registrados no nome de outras pessoas.
