Importante financiador de obras municipais, o CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina – ainda não liberou nenhum empréstimo este ano para prefeituras brasileiras. Oito contratos estão parados no Tesouro Nacional, que precisa autorizar os financiamentos, mesmo que a conta não vá para o governo federal.
Entre os contratos congelados estão de Porto Alegre e Caxias do Sul. A Capital gaúcha aguarda a liberação de US$ 92 milhões, a juros baixos, para dar andamento a dois trechos das obras de revitalização da orla do Guaíba e também de infraestrutura do entorno.
O prefeito em exercício, Sebastião Melo, esteve em Brasília para cobrar a assinatura do contrato e saiu com uma expectativa, mesmo que remota, de que a partir de agosto as coisas mudem.
“Vocês precisam fazer pressão política”, aconselhou um diretor do banco.
No caso da Serra, estão previstos US$ 50 milhões para a construção de dois viadutos na perimetral norte de Caxias, além da pavimentação de 68 km de estradas no interior da cidade. O prefeito Alceu Barbosa Velho confirma que a documentação está pronta, somente no aguardo da liberação do Ministério da Fazenda.
A ordem do ministro Joaquim Levy, no entanto, é não gastar e esta política de contenção atinge diretamente Estados e municípios. Mesmo que a conta saia do bolso deles, empréstimos configuram investimento e não economia.
Em entrevista ao canal Globo News, Levy afirmou que o governo não jogou a toalha ao reduzir a meta fiscal e que não vai afrouxar ou deixar de lado o ajuste proposto no início do mandato da presidente Dilma.
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