O governo do Rio Grande do Sul gastou, só neste ano, mais de R$ 100 mil reais com prédios e terrenos que não têm sido utilizados. Muitos, inclusive, estão abandonados, e alguns foram invadidos .
Segundo o Piratini, são mais de 1,8 mil matriculas de imóveis que pertencem ao estado, mas que até pouco tempo o governo nem sabia que era dono dessas áreas. Muitas são ocupadas por escolas, delegacias, mas cerca de 300 estão abandonadas.
“O estado vêm adquirindo imóveis muitas vezes até por uma ação judicial. O cidadão tem uma dívida com o estado, ele não tem condições de pagar, ele entrega um imóvel ao estado", explica o secretário da Mobilização Administrativa de Recursos Humanos, Eduardo Rafael Oliveira.
Também existem prédios desocupados, como este onde funcionava a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), no centro de Porto Alegre. Há três anos, um incêndio no segundo andar danificou a estrutura e o estado alega não ter dinheiro para a reforma, que gira em torno de R$ 1 milhão. A ideia é fazer uma parceria com alguma empresa que pague as obras e ocupe seis, dos doze andares do prédio.“Nós estamos tentando tirar a interdição dele, por óbvio que ele demanda toda uma reforma na parte elétrica e no sistema de PPCI dele e outras reformas estruturantes. Nós estamos buscando entidades do estado que queiram ocupar esse imóvel, só que não pode ser qualquer entidade, estamos buscando uma entidade que tenha recursos financeiros, porque é preciso fazer reformas no prédio”, pondera o secretário.
O governo do estado já gastou mais de R$ 120 mil neste ano em condomínio e taxa de lixo de prédios que não usa. Outro problema são as ocupações irregulares. Muitas pessoas estão usando imóveis e terrenos livremente, sem custos. Algumas até abriram o próprio negócio em espaços que deveriam estar sob comando do poder público.
É o caso de um estacionamento na Rua Garibaldi, em frente à Rodoviária, no Centro de Porto Alegre. O estado já pediu a desocupação da área, que pertence ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). Mas o responsável pelo local entrou na justiça. A equipe da RBS TV tentou contato, mas não obteve retorno.
Surpresa no Paraná
Outra surpresa para os gaúchos veio do Paraná. Tapira, município com 5,8 mil habitantes, tem mais de 180 áreas que pertencem ao Rio Grande do Sul. Isso aconteceu porque o extinto banco pelotense comprou terrenos e incentivou a ida de gaúchos para ajudar a colonização de tapira.
Quando a instituição quebrou, as áreas foram repassadas ao Banrisul. A Secretaria de Mobilização Administrativa não tinha conhecimento e afirma que vai enviar uma equipe até o Paraná para avaliar os espaços e definir o que fazer com eles.
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