O vice-governador José Paulo Cairoli afirmou neste domingo que o dinheiro para custear as ações de Segurança decididas pelo gabinete de crise será retirado de outras áreas do governo. Cairoli não informou de quais setores os recursos serão deslocados.
— Dinheiro nós temos, vamos abrir mão de algum lugar em favor disso (Segurança) — disse o vice-governador em entrevista coletiva nesta tarde na Expointer.
— O foco está na segurança — acrescentou.
Cairoli afirmou ainda que as obrigações constitucionais de repasse de verbas como a distribuição para a saúde e para a educação, além da folha de pagamento, impediam mais repasses para a Segurança. A verba usada no combate à violência será resgatada desses setores. Os detalhes não foram divulgados.
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— Não vai ficar claro (de qual setor terá verba subtraída) porque é uma decisão interna nossa. Não vamos dizer quanto é. Aguardem o que vai acontecer na terça, na quarta e na quinta-feira — afirmou.
Uma das medidas mais onerosas para reforçar a Segurança Pública seria a nomeação de brigadianos e de mais policiais civis. Cairoli estuda ainda chamar policiais militares aposentados para atuação nas ruas.
Nesta semana, o governo do Estado encaminhará documentos ao governo federal formalizando o pedido de um presídio federal em Porto Alegre e verbas para mais viaturas. Foi descartado, no entanto, pedir a ajuda para a União para pagar em dia o salário dos funcionários da Segurança.
O vice-governador Cairoli cobrou a integração dos outros poderes em relação às ações desempenhadas pelo Piratini no combate à violência na Capital e na Região Metropolitana:
— O momento talvez seja o mais favorável para os demais poderes se integrarem dessa visão que nós entendemos que pode ser construtiva. A preocupação tem que deixar de ser só nossa e tem que ser para os demais, incluindo os outros poderes.
A ideia do governo é conversar com o Judiciário para que haja um remanejamento das decisões em relação aos locais de detenção provisória de presos.
— Temos que negociar com o outro Poder para tirar os presos de Porto Alegre e botar em outros presídios de fora da Capital. Isso é uma negociação. Tudo nós tratamos com os demais poderes. O momento permite nós conversarmos melhor sobre isso — detalhou Cairoli.
O governo não estima quanto a criminalidade pode diminuir com a presença da Força Nacional de Segurança nas ruas.
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