Inflação só deve ficar na meta de 4,5% em 2017, diz BC

 

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Altamir Lopes, disse nesta quinta-feira que a inflação só deve ficar na meta, em 4,5%, somente em 2017. Lopes disse que o BC adotará as medidas necessárias para o cumprimento da meta. O diretor apresentou, em Brasília, o Boletim Regional, publicação trimestral do BC, com indicadores econômicos por regiões do país.

 

Anteriormente, o BC esperava chegar à meta de inflação no próximo ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros a Selic, a expectativa mudou para 2017. Na ata da última reunião do Copom, o BC diz que as indefinições e alterações significativas na meta fiscal mudam as expectativas para a inflação e criam uma percepção negativa sobre o ambiente econômico.

 

No último dia 27, o governo anunciou que o Orçamento de 2015 deverá ter uma meta de déficit primário de R$ 51,8 bilhões, que corresponde a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Esse valor não inclui os atrasos nos repasses a bancos públicos. Inicialmente, a meta para União, estados, municípios e estatais correspondia a R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) para este ano. Em julho, por causa da queda na arrecadação federal, a equipe econômica diminuiu a meta para R$ 8,747 bilhões, 0,15% do PIB.

 

Lopes disse ainda que há redução de despesas do governo, mas as receitas estão caindo mais. O diretor acrescentou que a redução da inflação em 2016, em relação a este ano, será intensa. De acordo com as expectativas de instituições financeiras, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve sair de 9,9%, este ano, para 6,3%, em 2016.

 

Para o diretor do BC, as perspectivas de longo prazo são de melhora para a atividade econômica, com inflação sob controle, ajuste fiscal em andamento, aumento das exportações e substituição de importações e perspectiva de melhora na economia global.

 

O diretor acrescentou que o dólar tem subido mais no Brasil do que em outros países da América Latina devido à influência de fatores não econômicos. Para Lopes, setores exportadores da economia devem se “beneficiar de forma significativa” da alta do dólar.

 

 

Por Redação, com ABr – de Brasília:

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