Juro do crediário cai pela primeira vez em 22 meses nas lojas do Rio Grande do Sul

 

É a primeira vez que o varejo gaúcho reduziu o juro do crediário desde setembro de 2014. Naquela época, a taxa anual ficava em 72,73%.

A pesquisa de julho agora foi divulgada no início desta segunda-feira pela Associação Nacional de Executivos de Finanças. Apontou um recuo de 0,51% sobre junho. Com isso, o juro cobrado pelas lojas no Rio Grande do Sul caiu para 98,5% ao ano. A taxa mensal é de 5,88%. Houve queda nos sete locais pesquisados pela Anefac.

– Tem a ver com a estabilidade da inadimplência e redução demanda por crédito em razão da queda de vendas de bens duráveis. – comenta o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Vilson Noer.

 

Outras linhas de crédito

A Anefac pesquisa seis linhas de crédito para pessoa física. Além do crediário de lojas, apenas empréstimo pessoal com bancos teve queda média no juro em julho.

A taxa do rotativo do cartão de crédito segue em alta. E já passou de 447% ao ano. Em seguida, está o cheque especial com quase 294% de juro.

 

Pessoa jurídica

Também são pesquisadas três linhas de crédito para pessoa jurídica. Todas ainda tiveram elevação.

 

Selic

A taxa Selic é a referência de juros da economia brasileira e não vem sendo elevada. Há, inclusive, expectativa de cortes pelo Banco Central nos próximos meses. Mas o diretor-executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro De Oliveira, atribi as elevações de juro para consumidores e empresas ainda ao cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência.

– As expectativas para 2016 são negativas e fazem as instituições financeiras aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência.

Já pensando nos próximos meses, o diretor aponta que tendo em vista o cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas.

– Mas, se o Banco Central reduzir a Selic, pode contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito.

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