Lojas online atrasam entregas de Natal e ainda do Black Friday

Empresas de médio e grande porte não conseguiram dar conta de entregar no prazo parte das vendas feitas para o Natal. Em alguns casos, até mercadorias comercializadas no Black Friday, promoção realizada ainda em novembro.

Call centers consultados pela reportagem dão várias justificativas: sistema sinalizou entrega equivocadamente, mercadoria parada nas transportadoras, atraso dos correios ou, em vários casos, prometem posicionamento em alguns dias e nem entram em contato com o consumidor. Outra forma de verificar a dimensão do problema é acessar os perfis do Facebook de grandes redes de varejo. As postagens de publicidade estão cheias de comentários de clientes descontentes com atrasos superiores a 30 dias.

O que fazer?

Guarde documentos e e-mails que apontem o prazo de entrega prometido no site e emitido na nota fiscal da compra. Vão ajudar a comprovar falhas da empresa.

A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor, Mariana Alves, explica que o consumidor deve entrar em contato o mais breve possível como o fornecedor, questionando o paradeiro do produto, e verificar se o atraso é justificado ou se é por negligência da empresa.

– O atraso na entrega de um produto caracteriza descumprimento de oferta, e o consumidor pode exigir, à sua escolha, desde o cumprimento forçado da entrega, ou mesmo desistir da compra, com direito à restituição da quantia antecipada, incluindo o valor pago pelo frete, até eventuais perdas e danos.

Caso não esteja satisfeito com o serviço, é recomendável enviar para a loja uma carta com aviso de recebimento, chamada de AR, exigindo a entrega, o ressarcimento do dinheiro pago ou a substituição do produto. Em todas essas opções, deve ser fixado um prazo para que o fornecedor resolva a questão.

– Geralmente, cinco dias.

Caso a questão não possa ser solucionada amigavelmente, entrar em contato com o Procon da cidade ou, se não houver, o Procon Estadual. E ainda recorrer ao Judiciário. Até 40 salários mínimos, pode ser no Juizado Especial Cível.

A alternativa de sites de reclamação, como o ReclameAqui, não tem sido eficaz para todas as empresas. Algumas estão negando atendimento e colocando de lado consumidores que deixam queixas nestes canais de reclamação.

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