Mais de 300 mil esperam atendimento especializado no RS, aponta Famurs

Mais de 300 mil gaúchos aguardam atendimento com um médico especialista no estado, segundo levantamento da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O número é maior que o do ano passado, quando mais de 250 mil aguardavam consultas, cirurgias e exames pelo SUS, como mostra o RBS Notícias (veja vídeo acima). 



O presidente da entidade, Luciano Pinto, observa que o tempo de espera gira em torno de dois anos. "É um tempo demasiadamente muito grande. E o que nós esperamos é que haja atendimento, por parte do governo do estado e governo federal, para que haja recursos para atender demandas como essas."



O titular da Secretaria Estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirma que o problema de boa parte dos pacientes que busca atendimento em Porto Alegre pode ser resolvido no interior. E afirmou que o número de pessoas que aguardam por atendimento especializado é menor do que o apresentado pela Famurs.

A secretaria chegou a criar um sistema de atendimento por telefone, no qual especialistas conversam com o médico do interior e ajudam no diagnóstico. Com esse apoio, o governo disse que diminuiu a fila de espera. "Hoje nós já temos menos de 100 mil pessoas aguardando atendimento especializado. E nós esperamos em mais um ano poder zerar a fila", observa Gabbardo.



Irmãos montam plantão

Em Porto Alegre, dois irmãos montaram um plantão na emergência do Hospital São Lucas da PUCRS. Há uma semana eles tentam transferir a irmã de um hospital de Estância Velha para a capital gaúcha, após ela fraturar o fêmur ao ser assalta, o que exigiu a consulta a um especialista. "Ela toma remédio forte. Estava tomando morfina até ontem (domingo) para aguentar a dor", observa Eliseu Cornelius.  



Mesmo com três liminares da Justiça, eles tiveram que aguardar até a tarde desta segunda-feira (11) para a central de leitos concluir o processo de transferência. "Pagamos imposto, paga tudo em dia, tudo certinho e nada para ajudar o cara", lamenta Erhardt Cornelius.

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