O Ministério da Saúde divulgou um protocolo de atenção para ocorrência de microcefalia relacionada ao zika vírus, que será usado por profissionais de saúde dos sistemas público e privado do país no cuidado de mulheres em idade fértil, gestantes e de bebês com suspeita de microcefalia. Uma das principais mudanças é a indicação da ecografia transfontanelar e da tomografia para os recém-nascidos com menos de 32 centímetros de perímetro cefálico.
A tomografia só será feita caso a ecografia mostre que os ossos do crânio estão selados. Isso para evitar que o bebê seja exposto à sedação e à radiação. O protocolo prevê ainda uma maior distribuição de testes rápidos de gravidez, a busca ativa de gestantes para o pré-natal e o registro dos sintomas do zika na caderneta da grávida, no caso deles serem relatados durante a gravidez.
A estimulação precoce dos recém-nascidos com microcefalia e outras malformações também está prevista. Isso deverá ser feito até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, confirmou que há registros de cegueira congênita, de malformação do globo ocular e de surdez congênita nos bebês que nasceram com microcefalia em decorrência do vírus. O Brasil já tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia relacionada com o zika vírus, transmitido pelo mosquitoAedes aegypti, o mesmo da dengue e do chikungunya.
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