Com os reajustes no valor da luz no começo de março, os consumidores residenciais da concessionária Nova Palma Energia passaram a pagar a tarifa mais cara do Brasil. Na área de abrangência da concessionária, estão 15 mil clientes de Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Restinga Seca, São João do Polêsine, Silveira Martins, interior de Júlio de Castilhos e Santa Maria.
O ranking foi divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e estão contabilizados os valores cobrados dos clientes residenciais por 61 distribuidoras de energia do Brasil – a Nova Palma Energia está no topo.
A concessionária, com sede em Faxinal do Soturno, cobra R$ 0,57 por megawatt-hora. A tarifa da AES Sul, que abastece 118 cidades gaúchas, é de R$ 0,46. Quem determina os percentuais de reajuste é a Aneel, com base em cálculos de gastos com a geração da energia, transmissão, encargos setoriais e custos da concessionária, como explica o engenharia da Nova Palma Energia Elvindo Possebon.
"O que contribui para o valor alto da tarifa é a maior parte dos clientes serem do interior dos municípios, o que aumenta o gasto com manutenção, o número pequeno de clientes, pois o valor total é diluído em um número menor de clientes, se comparado com concessionárias com mais clientes, e a alta no preço da energia gerada pela Usina de Itaipu, que aumentou 46% em janeiro".
A partir de 20 de abril, a luz subirá de novo para os clientes da Nova Palma Energia e da AES Sul. Entrará em vigor o reajuste anual dessas empresas. O aumento aplicado no início de março, de 36% aos consumidores residenciais, foi um reajuste extraordinário, que só ocorre em caso de emergência e nunca havia sido aplicado
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