Negada liberdade para acusado de cavar a cova do menino Bernardo

A Justiça de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, negou nesta quarta-feira (15) o pedido de liberdade para Evandro Wirganovicz, acusado de cavar o buraco onde foi enterrado o menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril do ano passado.

O corpo do menino de 11 anos foi encontrado no dia 14 de abril enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde ele residia com a família. Ele estava desaparecido desde 4 de abril.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz são acusados de participar da morte do menino. Os quatro estão presos e respondem por crimes como homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros.

No pedido de liberdade do réu, a defesa de Evandro alegou excesso de prazo no encerramento da fase de instrução e também postulou a cisão do processo, mas ambos os pedidos foram negados pelo juiz Marcos Luís Agostini, responsável pelo caso.

O magistrado ressaltou que o processo está tramitando em prazo normal diante da complexidade do caso, o número de acusados, a quantidade significativa de testemunhas arroladas e inquiridas, o grande volume de documentos e os diversos pedidos feitos pelas defesas.

Segundo o Tribunal de Justiça, o juiz destacou que para a realização dos interrogatórios dos réus e encerramento da instrução restam somente duas pendências, ambas postuladas pelas defesas: esclarecimentos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) sobre uma perícai e o depoimento de uma testemunha, marcado para o dia 11 de maio, em Boa Vista, Roraima.

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