A criação de empregos formais ficou concentrada em faixas de salários baixos. A constatação é da pesquisadora Maria Isabel Jornada, pesquisadora da Fundação de Economia e Estatística.
Dados do Ministério do Trabalho mostram que, em 2013, o saldo entre contratados e demitidos no Brasil só foi positivo para as faixas de até 1,5 salário mínimo. Acima disso, houve corte de postos de trabalho.
– Os desligados, em média, um salário 8,1% maior do que o dos novos admitidos. Era R$ 1.186,17 contra R$ 1.097,64.
A pesquisadora da FEE chama atenção para outro aspecto mostrado no levantamento: o crescimento do emprego formal ocorre em faixas de escolaridade elevada. Parece uma contradição com os salários baixos.
– Essa aparente contradição entre salários de ingresso e nível de escolaridade pode expressar diversos processos, que vão desde a utilização clássica da rotatividade como instrumento para reduzir salários até a contratação pelas empresas de trabalhadores com formação escolar acima dos requerimentos de qualificação exigidos pelos postos. – pondera Maria Jornada.
Escolaridade
O mercado de trabalho com carteira assinada no País é composto em maior parte por trabalhadores com escolaridade igual ou superior ao ensino médio completo. Passou de 66% em 2012 para 67,5% em 2013.
Já os trabalhadores gaúchos estão abaixo da média dos brasileiros. Segundo o recorte da FEE, 63,4% deles têm, no mínimo, o ensino médio completo.
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