A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal gaúcho José Otávio Germano (PP), além dos ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti (secretário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia); assim como os parlamentares Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA). Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa dentro das investigações da Operação Lava Jato.
Mario Negromonte também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato, “fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado João Argolo e seus familiares na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada”.
A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobras com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato.
Pizzolatti e Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de organização criminosa, que ao longo de oito anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões “em recursos efetivamente desviados da Petrobras’, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos”.
Germano (PP) foi solicitado a conceder entrevista ao Correio do Povo na noite desta segunda-feira. O pedido foi feito ao seu gabinete parlamentar, em Brasília, o qual informou que o advogado Marcelo Bessa, representante do deputado, falaria em seu nome. Contatado, o escritório de advocacia prometeu responder à solicitação, mas até o fechamento da reportagem não prestou informações.
Fonte: Correio do Povo
