O governo Sartori bate o martelo nesta semana sobre se envia ou não um novo pacote de projetos à Assembleia em 2015. O chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, havia garantido no início do mês que mais uma leva de propostas chegaria ao Legislativo até 15 de novembro, mas a data passou e os projetos não se concretizaram.
A semana é apontada como “prazo fatal” em função da aproximação do fim do ano legislativo. “Na minha avaliação, há muitas coisas que o governo vem trabalhando e que precisam ser enviadas este ano. Então, o prazo é esta semana, e as propostas devem seguir com 62 (regime de urgência) porque, caso contrário, não haverá tempo para apreciação em 2015”, resume o líder do governo no Legislativo, deputado Alexandre Postal (PMDB).
Mas o tempo e a energia gastos para a aprovação do projeto que diminuiu o teto das RPVs e a polêmica que acompanha as tratativas para votação da Lei de Responsabilidade Fiscal estadual deixam os parlamentares da base receosos sobre mais propostas. O próprio líder da bancada do PMDB, deputado Álvaro Boessio, admite que há a possibilidade de que o governo acabe por não enviar mais projetos para votação em 2015.
Nesta semana, a Assembleia terá um intervalo nas votações acirradas. Não há projetos polêmicos na pauta. Na próxima, contudo, aumentará a articulação sobre os projetos que criam subsidiárias na Banrisul Cartões e na Banrisul Seguradora. Eles estão com urgência e passam a trancar a pauta a partir de 1º de dezembro. Segundo Postal, apesar dos senões da base, a ideia é votar também a LRF estadual em 2015.
O líder da bancada do PDT, deputado Eduardo Loureiro, repetiu no domingo que a sigla tem restrições ao texto, principalmente a parte que trata de reajustes salariais. E o líder da bancada do PSDB, deputado Jorge Pozzobom, disse que a bancada avalia se este final de ano é o momento mais adequado para a votação.