Os policiais civis ligados à UGEIRM Sindicato (União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos policiais) decidiram que irão suspender as atividades no dia 1º de setembro por 15 horas. No mês passado, o “Bloco da Segurança Pública” realizou uma paralisação, no dia 4 de agosto, contra o parcelamento dos vencimentos com a mesma duração.
A paralisação da PC começará às 6 horas da manhã do dia 1º e se estenderá até as 21 horas. A partir da quinta-feira, também será retomada a operação padrão até a integralização dos salários.
Além de parar as atividades, os policiais vão para a Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre, para dialogar com a população. Os servidores querem “mostrar os verdadeiros motivos da explosão da violência no Estado”. No Interior, serão realizados atos públicos nas praças e em frente às agências do Banrisul.
Diante de tanta incompetência e irresponsabilidade, os policiais vão demonstrar, novamente, seu compromisso com a população gaúcha. A paralisação acontecerá em todo o estado. Conforme o desenrolar do calendário de parcelamento, existe a possibilidade e novas paralisações ainda no mês de setembro”, afirmou o sindicato, por meio de nota em seu site.
Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, o parcelamento é sinal que o governador José Ivo Sartori (PMDB) “não está interessado em combater de forma séria a epidemia de violência”. “A única preocupação do governo são as medidas midiáticas. A convocação da Força Nacional de Segurança não vai adiantar de nada, serve apenas para belas imagens de televisão. Se o governador estivesse realmente interessado em combater a violência, sua primeira atitude seria o fim desse famigerado parcelamento de salários”, afirmou.
Parcelamento por crise não convence mais
A repetição dos parcelamentos, mês a mês, desmoralizou a retórica de Sartori e do secretário da Fazenda, Giovani Feltes. A cada final de mês, eles repetem que o problema é a crise.
No ano passado, o Piratini conseguiu aumentar o ICMS para tentar aumentar a arrecadação. Foi dito, à época, que a aprovação de alíquotas maiores poderia dar um fôlego às contas do Executivo. Mesmo assim, o problema de parcelamento prosseguiu.
Outra medida foi a antecipação do IPVA, que também não resolveu o problema no início do ano. E, ainda, houve o escalonamento do 13º salário, que também não ajudou a aplacar a crise.
Fonte: Plantão RS