PP gaúcho sai em defesa de políticos investigados na Operação Lava Jato

A Executiva estadual do Partido Progressista se reuniu com políticos da sigla investigados na Operação Lava Jato. Os deputados federais Afonso Hamm, Luiz Carlos Heinze e José Otávio Germano, no entanto, não compareceram, alegando compromissos em Brasília. Deram explicações Jerônimo Goergen, Renato Molling e Vilson Covatti. Ao final do encontro, que durou pouco mais de 1h, foi ouvida uma salva de palmas na sala do Diretório Estadual onde ocorria o encontro. Os parlamentares presentes também foram abraçados pelos correligionários em sinal de apoio. Em entrevista coletiva ao lado de Jerônimo Goergen e Renato Molling, o presidente do PP-RS, Celso Bernardi,  disse que o partido confia nos parlamentares.

"Eles não estão denunciados, eles não são réus…nós temos absoluta confiança nos nossos deputados", disse Bernardi.

Bernardi sustenta que nada está provado contra eles e há apenas o depoimento de um doleiro citando os parlamentares. Celso Bernardi anunciou que o partido vai interpelar judicialmente o doleiro Alberto Yousseff para explicar quem recebia esse dinheiro que ele disse ter sido enviado aos parlamentares gaúchos. 

"Que os delatores que disseram formalmente que entregavam recursos, que entregaram dinheiro para o Partido Progressista e que esse distribuía entre os deputados faça com clareza a quem era entregue, em que circunstância e qual era o objetivo", destaca Bernardi.

Bernardi sustenta que o PP defende a verdade e que os deputados colaborem com a máxima urgência para esclarecer os fatos à Justiça. O dirigente também lembrou que os seis parlamentares do partido que são investigados colocaram à disposição os sigilos fiscal e telefônico. O presidente do PP-RS também lembrou que o partido no Estado é oposição ao Governo Dilma e consequentemente diverge com o PP nacional. Sobre possível irregularidade em doções da campanha de 2010, o deputado Renato Molling disse que não tinha como saber a origem do dinheiro vindo do Diretório Nacional.

"Em 2010, a gente não sabia da origem. Eu recebi as doações e não sabia de onde que vinha e nem ficava sabendo depois. O candidato não precisava declarar a origem", disse Molling.

O deputado Jerônimo Goergen manteve a decisão de se licenciar do Diretório do partido no estado enquanto se defende das acusações

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