O Ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, voltou ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (6) para discutir medidas preventivas a famílias atingidas pelas enchentes. Ele foi paraUruguaiana, na Fronteira Oeste, e em Santa Maria, na Região Central do estado. Na primeira cidade, Occhi se reuniu com doze prefeitos. Durante reunião em Santa Maria, prefeitos reclamaram da demora na liberação de recursos. Na região, o prejuízo estimado por causa da chuva e do granizo no ano passado passa de 250 milhões de reais.
A principal reivindicação dos prefeitos é o pagamento dos valores solicitados através dos decretos de emergência. Santa Maria, por exemplo, alegou prejuízo de R$ 9 milhões e recebeu pouco mais da metade do que pediu.
Outros municípios, como Jaguari, não receberam dinheiro, apenas ajuda emergencial. O ministro afirmou que a verba é liberada apenas quando os relatórios estão de acordo com as regras do Ministério da Integração. Ele destaca que um dos objetivos da reunião desta quarta foi explicar as regras.
Secretaria diz que municípios não encaminharam levantamento
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil recomenda que os municípios façam levantamentos indicando tudo que foi perdido ou danificado. Mas até agora, segundo o Ministério, nenhuma prefeitura entrou com esse pedido.
"A velocidade que o nosso recurso chega depende muito da velocidade que o município prepara a documentação e envia de forma correta. Mas nós temos uma legislação e gente capacitada pra atender com rapidez isso", relata o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior.
Na reunião, o ministro esclareceu como vai funcionar a liberação do fundo de garantia para as famílias atingidas. "A cada evento diferente, a prefeitura alimentará um sistema do Ministério da Integração. Nós faremos uma análise e faremos retificação no acontecimento do desastre e a partir dai a Caixa Econômica vai poder pagar ao trabalhador."
Remoção de famílias foi um dos pontos discutidos
O principal ponto discutido foi a remoção definitiva das famílias que vivem em áreas de risco, aproveitando o programa Minha Casa, Minha Vida. Só Uruguaiana apresentou um projeto nesta linha. Em um terreno, na Zona Sul da cidade, a meta é construir 996 casas.
De Uruguaiana o ministro seguiu aqui para Santa Maria, onde teve outra reunião, agora com representantes de 25 municípios.