Foram soltos no sábado (27) os três presos preventivamente durante a Operação Queijo Compensado, deflagrada no dia 16 nas cidades de Três de Maio, no Noroeste do Rio Grande do Sul, e Ivoti, no Vale do Sinos. A ação descobriu um esquema de adulteração no produto, com adição de amido de milho e uso de leite rejeitado pelas indústrias.
O proprietário da Laticínios Progresso, Volnei Fritsch, e o filho dele, Pedro Fritsch, estavam no Presídio Estadual de Montenegro. O sócio da empresa, Eduardo André Ribeiro, estava no Presídio Estadual de Santa Rosa. Segundo as casas prisionais, todos os três ganharam liberdade na tarde de sábado (28) por determinação da Justiça.
Na última sexta-feira (26), o Ministério Público (MP) denunciou 10 pessoas pela fraude no queijo. A denúncia envolve crimes como lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa.
Além dos três sócios da empresa, foram denunciados a irmã de Volnei, Roselaine Fritsch, o motorista do laticínio, Arnildo Roesler, o funcionário da empresa e olheiro da quadrilha, Neimar Hosda, o apoiador do esquema, Claudio Fuhr, o ex-secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Três de Maio, Valdir Ortiz, o veterinário da Prefeitura de Três de Maio, Marcelo Paz Carvalho, e a companheira de Eduardo, Andreia Abeling.
Conforme as investigações do MP, o esquema de adulteração na fabricação de queijo funcionava desde abril de 2012. As análises do produto apreendido confirmaram ainda a presença de coliformes fecais. A reportagem não conseguiu contato com representantes da empresa.
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