A paralisação dos caminhoneiros afeta diversos setores produtivos no Rio Grande do Sul. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) diz que a situação se agravou nesta quarta-feira e que pelo menos 60% do setor já sofre algum tipo de paralisação total ou parcial. A associação relata que não consegue enviar os conteiners para os portos de Rio Grande e Santa Catarina e laboratórios não recebem amostras de aves para monitoramento de rotina. Segundo o Diretor Executivo da associação, José Eduardo Santos, se a mobilização continuar nesta quinta, o setor irá parar “totalmente”.
O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul prevê que algumas cidades que ficam distantes de frigoríficos podem ficar desabastecidas até o fim da semana. Os abates já reduziram consideravelmente nesta quarta, o que deve se intensificar a partir de amanhã, já que também não há caminhão para fazer o recolhimento das partes não aproveitáveis do boi.
O cenário da indústria de suínos também é crítico. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos, oito indústrias de produção foram obrigadas a paralisar as atividades por conta dos bloqueios nas rodovias. Em Santa Rosa, Mato Castelhano e Júlio de Castilhos, Três Passos, Marau, São Luiz Gonzaga e Sananduva há indústrias paradas. A partir de amanhã, empresas de Sarandi, Erechim e Lajeado fecham as portas. Os principais problemas são a falta de animais para abater e, em dois casos, da falta do caminhão que retira os resíduos de abate – sem a retirada dos restos, a linha fica parada.
O produtor de suínos de Tucunduva, no Noroeste do Estado, Nélio de Carli conta que os mais de 1,9 mil animais de sua propriedade estão sem receber ração há mais de 40 horas. “Os animais estão se comendo entre eles, estão entrando em um estágio muito crítico. Se continuar assim, vai começar a morrer cerca de 10 a 15% deles por dia”, lamenta.
O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, informa que em torno de cinco milhões de litros de leite no dia de ontem não chegaram nas indústrias, principalmente na região Noroeste do estado, prejudicando produtores e indústrias. “Nós precisamos soluções urgentes porque além da captação do leite tem a distribuição e diversos caminhões vazios não conseguem chegar até os produtores e postos de resfriamento das indústrias. Além disso, tem o problema com a logística para distribuir os produtos industrializados que estão parados nas barreira ”, afirma.
Ele acrescenta que há casos de indústria com ociosidade de 80%. O Rio Grande do Sul industrializa, em média, 13 milhões de litros de leite por dia. Guerra não descarta o desabastecimento, caso os bloqueios continuem.
O produtor de leite, grãos e fumo do município de Tenente Portela, no Norte do Estado, Derli Fuck, está há quatro dias sem realizar a coleta de leite na propriedade. O produtor, que vende aproximadamente 210 litros por dia, se vê obrigado a descartar o produto. Hoje, 500 litros de leite estão armazenados no resfriador, porém devem ser descartados no fim da tarde. Além disso, ele não está conseguindo entregar a produção de fumo por causa dos bloqueios dos caminhoneiros.
Efeitos chegam a supermercados
Uma rede de supermercados de Porto Alegre tinha promoção de carne programada para esta quarta-feira, mas cancelou. Não está conseguindo receber as cargas dos fornecedores bloqueadas nas estradas e ficou com receio de ficar sem carne para o resto da semana. Então, se o preço dos produtos não aumentar. No mínimo, haverá menos ofertas.
Os bloqueios também atrapalham a entrega de hortigranjeiros, que têm rotatividade rápida nas prateleiras. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados, Porto Alegre é ainda mais prejudicada já que no interior há uma possibilidade maior de driblar os bloqueios buscando outros fornecedores.
"Uma região pode ter efeito zero, mas outra pode já estar com desabastecimento", explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
E não apenas os supermercados sentem os efeitos dos bloqueios das estradas com os protestos de caminhoneiros. Com as vendas abaixo do esperado, o varejo está mantendo pouco estoque. Então, até mesmo a entrega de roupas está trancada, afetando estoque de lojas.
"Trabalhamos hoje recebendo cargas todo dia. Vai recebendo e colocando na loja. Sem estoque. Nossas confecções não estão sendo entregues", relata o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre, Paulo Kruse, também proprietário da rede de lojas Patchwork.A paralisação dos caminhoneiros afeta diversos setores produtivos no Rio Grande do Sul. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) diz que a situação se agravou nesta quarta-feira e que pelo menos 60% do setor já sofre algum tipo de paralisação total ou parcial. A associação relata que não consegue enviar os conteiners para os portos de Rio Grande e Santa Catarina e laboratórios não recebem amostras de aves para monitoramento de rotina. Segundo o Diretor Executivo da associação, José Eduardo Santos, se a mobilização continuar nesta quinta, o setor irá parar “totalmente”.
O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul prevê que algumas cidades que ficam distantes de frigoríficos podem ficar desabastecidas até o fim da semana. Os abates já reduziram consideravelmente nesta quarta, o que deve se intensificar a partir de amanhã, já que também não há caminhão para fazer o recolhimento das partes não aproveitáveis do boi.
O cenário da indústria de suínos também é crítico. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos, oito indústrias de produção foram obrigadas a paralisar as atividades por conta dos bloqueios nas rodovias. Em Santa Rosa, Mato Castelhano e Júlio de Castilhos, Três Passos, Marau, São Luiz Gonzaga e Sananduva há indústrias paradas. A partir de amanhã, empresas de Sarandi, Erechim e Lajeado fecham as portas. Os principais problemas são a falta de animais para abater e, em dois casos, da falta do caminhão que retira os resíduos de abate – sem a retirada dos restos, a linha fica parada.
O produtor de suínos de Tucunduva, no Noroeste do Estado, Nélio de Carli conta que os mais de 1,9 mil animais de sua propriedade estão sem receber ração há mais de 40 horas. “Os animais estão se comendo entre eles, estão entrando em um estágio muito crítico. Se continuar assim, vai começar a morrer cerca de 10 a 15% deles por dia”, lamenta.
O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, informa que em torno de cinco milhões de litros de leite no dia de ontem não chegaram nas indústrias, principalmente na região Noroeste do estado, prejudicando produtores e indústrias. “Nós precisamos soluções urgentes porque além da captação do leite tem a distribuição e diversos caminhões vazios não conseguem chegar até os produtores e postos de resfriamento das indústrias. Além disso, tem o problema com a logística para distribuir os produtos industrializados que estão parados nas barreira ”, afirma.
Ele acrescenta que há casos de indústria com ociosidade de 80%. O Rio Grande do Sul industrializa, em média, 13 milhões de litros de leite por dia. Guerra não descarta o desabastecimento, caso os bloqueios continuem.
O produtor de leite, grãos e fumo do município de Tenente Portela, no Norte do Estado, Derli Fuck, está há quatro dias sem realizar a coleta de leite na propriedade. O produtor, que vende aproximadamente 210 litros por dia, se vê obrigado a descartar o produto. Hoje, 500 litros de leite estão armazenados no resfriador, porém devem ser descartados no fim da tarde. Além disso, ele não está conseguindo entregar a produção de fumo por causa dos bloqueios dos caminhoneiros.
Efeitos chegam a supermercados
Uma rede de supermercados de Porto Alegre tinha promoção de carne programada para esta quarta-feira, mas cancelou. Não está conseguindo receber as cargas dos fornecedores bloqueadas nas estradas e ficou com receio de ficar sem carne para o resto da semana. Então, se o preço dos produtos não aumentar. No mínimo, haverá menos ofertas.
Os bloqueios também atrapalham a entrega de hortigranjeiros, que têm rotatividade rápida nas prateleiras. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados, Porto Alegre é ainda mais prejudicada já que no interior há uma possibilidade maior de driblar os bloqueios buscando outros fornecedores.
"Uma região pode ter efeito zero, mas outra pode já estar com desabastecimento", explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
E não apenas os supermercados sentem os efeitos dos bloqueios das estradas com os protestos de caminhoneiros. Com as vendas abaixo do esperado, o varejo está mantendo pouco estoque. Então, até mesmo a entrega de roupas está trancada, afetando estoque de lojas.
"Trabalhamos hoje recebendo cargas todo dia. Vai recebendo e colocando na loja. Sem estoque. Nossas confecções não estão sendo entregues", relata o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre, Paulo Kruse, também proprietário da rede de lojas Patchwork.A paralisação dos caminhoneiros afeta diversos setores produtivos no Rio Grande do Sul. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) diz que a situação se agravou nesta quarta-feira e que pelo menos 60% do setor já sofre algum tipo de paralisação total ou parcial. A associação relata que não consegue enviar os conteiners para os portos de Rio Grande e Santa Catarina e laboratórios não recebem amostras de aves para monitoramento de rotina. Segundo o Diretor Executivo da associação, José Eduardo Santos, se a mobilização continuar nesta quinta, o setor irá parar “totalmente”.
O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul prevê que algumas cidades que ficam distantes de frigoríficos podem ficar desabastecidas até o fim da semana. Os abates já reduziram consideravelmente nesta quarta, o que deve se intensificar a partir de amanhã, já que também não há caminhão para fazer o recolhimento das partes não aproveitáveis do boi.
O cenário da indústria de suínos também é crítico. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos, oito indústrias de produção foram obrigadas a paralisar as atividades por conta dos bloqueios nas rodovias. Em Santa Rosa, Mato Castelhano e Júlio de Castilhos, Três Passos, Marau, São Luiz Gonzaga e Sananduva há indústrias paradas. A partir de amanhã, empresas de Sarandi, Erechim e Lajeado fecham as portas. Os principais problemas são a falta de animais para abater e, em dois casos, da falta do caminhão que retira os resíduos de abate – sem a retirada dos restos, a linha fica parada.
O produtor de suínos de Tucunduva, no Noroeste do Estado, Nélio de Carli conta que os mais de 1,9 mil animais de sua propriedade estão sem receber ração há mais de 40 horas. “Os animais estão se comendo entre eles, estão entrando em um estágio muito crítico. Se continuar assim, vai começar a morrer cerca de 10 a 15% deles por dia”, lamenta.
O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, informa que em torno de cinco milhões de litros de leite no dia de ontem não chegaram nas indústrias, principalmente na região Noroeste do estado, prejudicando produtores e indústrias. “Nós precisamos soluções urgentes porque além da captação do leite tem a distribuição e diversos caminhões vazios não conseguem chegar até os produtores e postos de resfriamento das indústrias. Além disso, tem o problema com a logística para distribuir os produtos industrializados que estão parados nas barreira ”, afirma.
Ele acrescenta que há casos de indústria com ociosidade de 80%. O Rio Grande do Sul industrializa, em média, 13 milhões de litros de leite por dia. Guerra não descarta o desabastecimento, caso os bloqueios continuem.
O produtor de leite, grãos e fumo do município de Tenente Portela, no Norte do Estado, Derli Fuck, está há quatro dias sem realizar a coleta de leite na propriedade. O produtor, que vende aproximadamente 210 litros por dia, se vê obrigado a descartar o produto. Hoje, 500 litros de leite estão armazenados no resfriador, porém devem ser descartados no fim da tarde. Além disso, ele não está conseguindo entregar a produção de fumo por causa dos bloqueios dos caminhoneiros.
Efeitos chegam a supermercados
Uma rede de supermercados de Porto Alegre tinha promoção de carne programada para esta quarta-feira, mas cancelou. Não está conseguindo receber as cargas dos fornecedores bloqueadas nas estradas e ficou com receio de ficar sem carne para o resto da semana. Então, se o preço dos produtos não aumentar. No mínimo, haverá menos ofertas.
Os bloqueios também atrapalham a entrega de hortigranjeiros, que têm rotatividade rápida nas prateleiras. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados, Porto Alegre é ainda mais prejudicada já que no interior há uma possibilidade maior de driblar os bloqueios buscando outros fornecedores.
"Uma região pode ter efeito zero, mas outra pode já estar com desabastecimento", explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
E não apenas os supermercados sentem os efeitos dos bloqueios das estradas com os protestos de caminhoneiros. Com as vendas abaixo do esperado, o varejo está mantendo pouco estoque. Então, até mesmo a entrega de roupas está trancada, afetando estoque de lojas.
"Trabalhamos hoje recebendo cargas todo dia. Vai recebendo e colocando na loja. Sem estoque. Nossas confecções não estão sendo entregues", relata o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre, Paulo Kruse, também proprietário da rede de lojas Patchwork.
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