Produtividades dos grãos agradam aos agricultores

Apesar do pequeno avanço na colheita da soja, que chegou aos 25% da área cultivada no Rio Grande do Sul, as produtividades alcançadas com o grão confirmam as expectativas iniciais para os produtores gaúchos, que têm obtido 3 mil quilos (50 sacas) de soja por hectare. De acordo com o informativo conjuntural elaborado pela Emater, isso ocorre porque as chuvas dos últimos períodos, ao mesmo tempo que prejudicaram a maturação do grão, propiciaram a recuperação das plantas que apresentavam desenvolvimento desuniforme. "Assim, as produtividades da soja hoje no Estado mantêm bons níveis, variando entre 30 e 85 sacas (de 60 quilos) por hectare colhido", destaca o diretor técnico da instituição, Lino Moura.
No milho, a colheita está lenta, devido ao deslocamento das máquinas e de estruturas de beneficiamento para as lavouras de soja. Mesmo assim, alcança o percentual de 68% da área plantada. Nas demais áreas, seguem os trabalhos de monitoramento de pragas e moléstias, além do controle de invasoras. O clima chuvoso e as temperaturas amenas beneficiam as lavouras de milho plantadas tardiamente, que apresentam bom padrão, expressando o mesmo potencial produtivo daquelas semeadas no período recomendado.
A colheita do feijão na última região a colher no Rio Grande do Sul, os Campos de Cima da Serra, prossegue, confirmando a expectativa de boa safra e boa qualidade de grãos, com rendimentos médios de 2.400 quilos por hectare. A safrinha também ocorre em bom ritmo no Estado, com a semeadura quase no final. A cultura evolui com muito bom desenvolvimento, apresentando baixa incidência de doenças e com áreas evoluindo rapidamente para o estádio reprodutivo.
A colheita do arroz foi interrompida em várias regiões produtoras pelas chuvas intensas ocorridas durante o período de Páscoa. Nesse sentido, a região Sul (Pelotas e municípios próximos) foi a mais prejudicada. Algumas áreas sofreram inundação, o que paralisou a colheita. Atualmente, a área de arroz colhida no Estado alcança 34%, índice muito abaixo da média dos últimos anos, que seria algo em torno de 60%. Já as produtividades médias seguem em níveis satisfatórios, ficando entre 7,5 mil e 8 mil quilos por hectare, dependendo da região.
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