Programas eleitorais de rádio e TV terão menos tempo e recursos em 2016

As eleições municipais de 2016, salvo remota reviravolta, prometem ser atípicas, principalmente em relação aos programas eleitorais de rádio e TV. Tradicionalmente valorizadas pelos partidos e consideradas decisivas na busca de votos do eleitorado, as veiculações sofrerão dois baques no ano que vem. 



Um dos reflexos ocorrerá devido à aprovação do calendário eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base nas mudanças estabelecidas pelo Congresso Nacional e sancionadas pela presidente Dilma Rousseff. A veiculação dos programas em rádio e TV foi reduzida de 45 para 35 dias. Pode parecer pouco, mas, na avaliação de partidos, dez dias a menos de inserções podem fazer muita diferença na tentativa de convencimento do eleitorado. 



A alteração mais drástica, no entanto, se dará em função da proibição do financiamento privado das campanhas, que terá impacto direto nas produções de rádio e TV, responsáveis pelo maior consumo de recursos nas campanhas proporcionais e, principalmente, majoritárias. É verdade que a proibição, por si só, não irá extinguir a prática do caixa 2, mas ficará mais fácil fiscalizar e verificar quando os valores declarados à Justiça Eleitoral por candidaturas e partidos não corresponderem às produções e aos materiais utilizados durante a disputa. Muita visibilidade, apesar das verbas restritas, chamará a atenção. 

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