Quase de 80% dos sindicatos de bancários do Rio Grande do Sul já aderiram à greve nos bancos, que deverá ser realizada a partir da próxima terça-feira (6) em todo o estado, segundo divulgou na tarde desta quinta-feira (1) a Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS). O Sindbancários, que representa a categoria na capital, está entre os 30 que confirmaram a paralisação por tempo indeterminado em todas as agências, do total de 38.
Somente o sindicato da região de Bagé, na Campanha gaúcha, não aderiu à greve. As entidades de São Gabriel, também na Campanha; São Leopoldo, na Região Metropolitana, e São Luiz Gonzaga, no Noroeste do estado, realizarão assembleias na segunda-feira (5), e podem aumentar o número. Em Carazinho, no Norte, e Guaporé, na Serra, foram aprovados indicativos de greve.
Outras duas cidades terão paralisações parciais. Em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, somente os bancos públicos terão greve. Apenas a Caixa Econômica Federal vai parar em Rosário do Sul, na Região Central.
Os bancários rejeitam a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a categoria em todo o país, que prevê reajuste de 5,5%, piso de R$ 1.321,26 para portaria, R$ 1.895,25 para escritório e R$ 2.560,23 para caixa e tesouraria, e plano de Plano de Lucros e Resultados (PLR) de 90% do salário mais R$ 1.939,08, com possível parcela adicional resultante da divisão linear de 2,2% do lucro líquido para todos, entre outros benefícios.
O Comando Nacional dos Bancários apresentou uma contraproposta prevendo aumento de 16% nos salários, PLR de três salários mais R$ 7.246,82 e piso de R$3.299,66, além de outros benefícios, planos de cargos, carreiras e salários a todos os trabalhadores e o fim de uma suposta discriminação a mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.
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