Rádio Águas Claras transmitiu Debate da Agert

A quatro dias das eleições, Tarso Genro e Sartori miraram no eleitor do Interior do Estado e tiveram embates pontuais sobre as propostas de governo. Mais de 270 emissoras de rádio transmitiram o debate ao vivo.

Os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul no segundo turno das eleições participaram de debate promovido pela Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e TV (Agert) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e TV do Estado (SindiRádio) que ocorreu na manhã desta quarta-feira, 22 de outubro, na sede da Agert, em Porto Alegre. O presidente da Entidade, Roberto Cervo Melão, destaca que o encontro foi uma demonstração do clima da reta final da campanha. "Tarso e Sartori tiveram muita perspicácia nas falas, ficou muito claro que o foco agora é disputa pelo voto dos indecisos", avalia. Ele ainda ressalta o protagonismo do rádio em momentos decisivos da vida política do Estado. Mais de 270 emissoras transmitiram ao vivo o debate, que ocorreu das 8h30 às 9h45. 

 

José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT), que concorrem ao cargo de governador do Rio Grande do Sul neste segundo turno das eleições, começaram esta quarta-feira debatendo. A Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) promoveu o confronto entre os candidatos a partir das 8h30min, com transmissão para 270 emissoras do Rio Grande do Sul. A questão da dívida do Estado foi tema da primeira pergunta, formulada por Sartori.

 

“O Tarso aumentou em R$ 12 bilhões a dívida do Rio Grande do Sul. Arrecadou mais que o governo Rigotto e Yeda e, no entanto, o Estado foi mais endividado durante esta gestão. Por que a renegociação não saiu?”, questionou. Tarso Genro respondeu dizendo que “em nenhum momento se propôs a equilibrar as finanças”. “Essa é uma promessa feita por uma visão neoliberal, que não aumenta receita pública e gera atraso no desenvolvimento econômico. Nós nos propusemos a fazer o Estado funcionar pelo aumento de arrecadação e obtendo financiamentos internacionais para fazer investimento. A nossa posição não é diminuir recurso para saúde, educação e segurança e manter o Estado parado, como aconteceu no governo Britto e Yeda. Queremos sair da crise crescendo”, afirmou.

 

Tarso disse que Sartori quer assumir o governo com um cheque em branco, referindo-se à falta de promessas de seu adversário. Sartori rebateu dizendo que “é melhor um cheque em branco do que um cheque sem fundo”. O apoio de Sartori ao candidato à presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, também entrou no debate. Tarso revelou não entender a parceria com “alguém que não gosta do Rio Grande”.

 

“Nós apoiamos Aécio Neves porque ele tem compromisso com o Rio Grande e é a alternativa política de mudança no País. Eu entendo que 12 anos do mesmo é muito perigoso”, explicou.

 

Em sua apresentação, Tarso disse que representa o presidente Lula e a presidente Dilma no Sul.  “Estamos implementando um programa de desenvolvimento aqui no Estado que faz com que o Rio Grande não seja mais o mesmo. O pessoal do Interior sabe a importância do Plano Safra na sua vida. A renda média dos gaúchos em 2013 cresceu o dobro das famílias brasileiras. Vem mudando o Rio Grande e venho aqui pedir a possibilidade de continuidade desse processo”, listou.

 

Sartori criticou as promessas de Tarso que não foram cumpridas, e disse que o petista requenta e faz “repromessas”. “Chega de transferir a culpa para os outros, chega de olhar para o retrovisor.”

 

Na quinta-feira a noite será a vez da RBS TV promover um debate, o último destaca campanha, após o capítulo da novela Império.

voltar
© Copyright 2019