RS deve vacinar 139 mil gestantes contra coqueluche
Grávidas e recém-nascidos ganharam reforço na prevenção da coqueluche. A partir de novembro, as gestantes terão à disposição a vacina acelular contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa) no Calendário Nacional de Vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A meta do Ministério da Saúde é reduzir a incidência e a mortalidade causada pela doença entre os recém-nascidos. A vacina dTpa está disponível nos 35 mil postos da rede pública.
O público-alvo é de 2,9 milhões de mulheres, 139 mil delas no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde repassou para o estado 42,9 mil doses da vacina e, partir de novembro, passa a enviar cota mensal com 14,3 mil unidades. Em todo o país, a estimativa também é imunizar 324 mil profissionais da área de saúde. No Rio Grande do Sul, foram registrados 1.433 casos da doença e 10 mortes, entre 2011 e 2013.
A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. A dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto. Essa é a quarta vacina para gestantes no calendário nacional. O SUS também oferece a influenza, a dupla adulto (difteria e tétano – dT) e a vacina contra hepatite B.
Com a incorporação da dTpa, a rede pública passa a ofertar 17 vacinas de rotina no calendário nacional. O Ministério da Saúde ofertou três em 2014: a vacina contra HPV, em março, a da Hepatite A, em julho, e a imunização contra coqueluche para grávidas, agora.
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, causada pela bactéria Bordetella pertussis. As principais complicações secundárias incluem pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente e enfisema pneumotórax, por exemplo. O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1,5 mil casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de três meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.
Fonte: Rádio Guaíba
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