RS irá receber vacinas antitetânica na próxima semana

O Rio Grande do Sul irá receber, na próxima semana, uma nova remessa devacina antitetânica que, neste momento, está em falta na rede pública de saúde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a previsão de envio das doses foi confirmada pelo Ministério da Saúde, responsável pela distribuição das vacinas, mas a quantidade ainda é incerta.

Desde dezembro, as unidades públicas de saúde do Estado registram falta de vacinas e fazem racionamento dos estoques. As doses contra hepatite B estão terminando e, por isso, a aplicação está sendo priorizada para gestantes e crianças recém-nascidas. Para hepatite B, a imunização pode ser feita em clínicas particulares, mas as doses custam entre R$ 70 e R$ 110 em Porto Alegre. Na rede pública, também há problemas no estoque para vacinas contra a hepatite A.

Para quem precisa da imunização contra a raiva, os postos de saúde estão sendo orientadas a racionalizar as doses, centralizando os estoques em pontos estratégicos, e não em todos as unidades. Os soros, como o antiveneno e o antirrábico, também enfrentam problemas de distribuição no Estado, assim como a vacina DT, que protege adultos contra a difteria e o tétano.

Rádio Gaúcha entrou em contato com o Ministério da Saúde, que justificou o atraso na distribuição de algumas vacinas disponibilizadas pelo SUS pela indisponibilidade delas nos mercados nacional e internacional nos últimos meses. Por meio de nota, o Ministério prometeu normalizar a distribuição ainda em fevereiro. 

Orientação

A Secretaria Estadual de Saúde recomenda que a população continue procurando os postos de saúde em caso de necessidade de aplicação das vacinas. Quando a unidade não tiver a dose, o próprio posto entrará em contato com outros locais para tentar conseguir a vacina ou até poderá indicar o paciente para ir ao posto onde há doses disponíveis.

Confira a nota do Ministério da Saúde:

"O Ministério da Saúde disponibiliza pela rede pública de saúde de todo o país cerca de 400 milhões de doses de imunobiológicos, por ano, para combater mais de 20 doenças. Atualmente são ofertadas gratuitamente no SUS 17 tipos de vacinas, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS),  beneficiando todas as faixas etárias.
 
No mês de fevereiro, o Ministério da Saúde enviou ao estado do Rio Grande do Sul 14,3 mil doses da vacina Hepatite A Infantil.
 
Devido à indisponibilidade de algumas vacinas nos mercados nacional e internacional nos últimos meses, houve atraso na distribuição de determinadas vacinas ofertadas no SUS. Mas a pasta reforça que tem buscado soluções para garantir a proteção da população, inclusive mantendo altos índices (cerca de 90%) de cobertura vacinal no país, e ressalta que a distribuição da maioria das vacinas será normalizada neste mês de fevereiro.
 
Com relação a soros antiofídicos, medicamentos para tratar mordidas de cobras venenosas, no mês de fevereiro o Ministério da Saúde enviou aos estados 310 doses de Soro Antibotrópico Laquético; 9,7 mil doses de Soro Antibotrópico, sendo 800 para o Rio Grande do Sul; 3,7 mil doses de Soro Anticrotálico, sendo 50 para o Rio Grande do Sul; 390 doses de Soro Antielapídico, sendo 30 para o Rio Grande do Sul. As doses têm sido enviadas aos estados após análise pela área técnica. 
 
Também neste mês, foram enviadas ao Rio Grande do Sul 100 doses do soro Antirrábico. O Ministério da Saúde recebeu 3,9 mil doses que já foram liberadas e têm sido enviadas aos estados após análise pela área técnica. A pasta espera o recebimento de 40 mil doses desse soro pelo laboratório produtor.
 
A situação dos soros antiveneno e antirrábico tenderá a se regularizar conforme sejam cumpridos os cronogramas de entrega para os próximos meses, permanecendo o uso racional.
 
Quanto à vacina Hepatite B, o Ministério da Saúde recebeu do laboratório produtor 3 milhões de doses, e a previsão é que sejam distribuídas aos estados ainda neste mês de fevereiro.
 
É importante destacar que o investimento do Ministério da Saúde na oferta de vacinas cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015. Todos os contratos com os laboratórios produtores de vacinas estão em andamento."

GAÚCHA
 
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