A crise nos cofres públicos motivou o governador José Ivo Sartori a se reunir com o presidente do Tribunal de Justiça, José Aquino Flôres de Camargo, para tratar de pedidos de economia. A confirmação é do desembargador Túlio Martins, que ainda revelou a ocorrência de pelo menos seis encontros entre os chefes de poderes desde o começo do ano. O último aconteceu ao longo dessa semana e serviu especificamente para tratar da crise financeira.
Túlio Martins adiantou que o governador foi alertado sobre a contenção de despesas já posta em prática pelo Judiciário. “O Tribunal vem efetuando economias no seu custeio, com cortes em gastos no limite do possível. Foi postergado, por exemplo, o provimento de 30 vagas de desembargadores com suas respectivas assessorias, além disso, expansões físicas de áreas do judiciário também foram adiadas e essas discussões vão ficar para depois”, ponderou.
No Tribunal de Justiça, a alegação é de que as despesas com o Poder equivalem a 7% do orçamento estadual, com uma previsão de gastos de R$ 2,6 bilhões em 2015. Martins também salientou que a Justiça trabalha com o Executivo para encontrar soluções para a cobrança de inadimplentes inseridos no cadastro da dívida ativa do Estado.
Sindicalistas da Segurança Pública já haviam reclamado de que os cortes só envolvem o Executivo e os serviços prestados a sociedade, lamentando que a extensão da economia não atinja outros poderes.
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